Vacinação contra a paralisia infantil será injetável a partir de novembro
Vacina contra a poliomielite terá mudanças na forma de aplicação. A imunização, conhecida pelas “gotinhas”, será substituída por uma única dose injetável em todo o Brasil
18/10/2024
O Ministério da Saúde anunciou mudanças na aplicação da vacina contra a poliomielite. A imunização, conhecida pelas “gotinhas”, será substituída por uma única dose injetável em todo o Brasil. A mudança será implementada até o dia 4 de novembro.
A poliomielite é causada por um vírus da família dos poliovírus, que ataca o trato intestinal, principalmente de crianças, por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados. Em sua forma mais grave, a doença pode causar paralisia progressiva, resultando em sequelas motoras permanentes. A vacinação na primeira infância é uma forma de prevenção.
“Mesmo com essa mudança, vacinar é fundamental para garantir uma proteção eficaz, com até 99% de imunidade após o ciclo completo. Além disso, a vacinação evita a circulação do vírus, reduzindo o risco de mutações e novas infecções em pessoas que possam ser vulneráveis”, afirma Paulo Antônio Friggi de Carvalho, infectologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.
O esquema de vacinação contra a poliomielite com as “gotinhas” funciona com três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida, feitas com a vacina injetável, e os reforços ocorrem com a oral, aos 15 meses e aos 4 anos. Com a nova diretriz, o esquema será simplificado: as três doses injetáveis permanecem, mas o reforço será dado apenas aos 15 meses, também com a injetável, eliminando a dose aos 4 anos.
De acordo com o médico, a principal diferença entre as vacinas é o tipo de vírus utilizado. “A oral contém cepas de vírus vivos atenuados, enquanto a injetável utiliza vírus inativados. Apesar disso, ambas oferecem o mesmo nível de proteção”, afirma.
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