Relações Públicas RP 4173 Editora, redatora. e pós-graduanda em Copywriting e Escrita Criativa
Suplementação universal de cálcio é adotada para reduzir mortalidade materna
Nova diretriz do Ministério da Saúde fortalece Rede Alyne e busca prevenir pré-eclâmpsia na gestação
24/02/2025
O Ministério da Saúde anunciou a suplementação universal de cálcio para gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de reduzir os riscos da pré-eclâmpsia, um dos principais fatores de mortalidade materna no Brasil. A medida reforça a Rede Alyne, estratégia do SUS voltada ao cuidado materno-infantil, e segue recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A hipertensão na gravidez é um dos principais fatores de risco para a pré-eclâmpsia, que pode levar a complicações graves, como parto prematuro, insuficiência renal, insuficiência hepática e até óbito materno e neonatal. Estudos indicam que a suplementação diária de cálcio pode reduzir em até 55% o risco desse distúrbio.
“A condição pode se manifestar a partir da 20ª semana de gestação e causar complicações severas”, explica a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres, Renata Reis.
Desde 2011, a OMS recomenda a suplementação de cálcio para gestantes com baixa ingestão do nutriente ou em situações de alto risco para a pré-eclâmpsia. No Brasil, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (2017-2018) revelou que mais de 96% das mulheres adultas consomem menos cálcio do que o recomendado, justificando a adoção da oferta universal do suplemento.
Como será feita a suplementação no SUS?
A nova diretriz recomenda que todas as gestantes atendidas no SUS recebam suplementação diária de cálcio, seguindo este protocolo:
- Público-alvo: todas as gestantes atendidas pelo SUS, com início da suplementação a partir da 12ª semana de gestação até o parto;
- Dosagem: dois comprimidos diários de carbonato de cálcio (1.250 mg, equivalente a 1.000 mg de cálcio elementar);
- Prescrição: pode ser feita por médicos, enfermeiros e nutricionistas das equipes da Atenção Primária à Saúde (APS);
- Cuidados na administração: o suplemento não deve ser ingerido junto com a suplementação de ferro, sendo necessário um intervalo de duas horas entre os suplementos para garantir a absorção adequada de cada um.
Impacto na equidade em saúde
A Rede Alyne foi criada para reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir um pré-natal seguro e acessível. A inclusão da suplementação de cálcio reforça a necessidade de um acompanhamento completo para gestantes em situação de vulnerabilidade, priorizando a redução das desigualdades raciais no acesso à saúde materna e infantil.
Além da suplementação, a Rede Alyne promove melhorias na nutrição materna, seguindo as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, fortalecendo a assistência integral às gestantes.
Distribuição da suplementação e próximos passos
A distribuição do suplemento será organizada dentro do planejamento da assistência farmacêutica do SUS, com responsabilidade compartilhada entre estados, municípios e o Distrito Federal. As equipes da APS serão responsáveis pelo acompanhamento da implementação da medida, garantindo a oferta do suplemento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância da medida:
“Esse é um avanço fundamental na nossa estratégia de redução da mortalidade materna. Com essa iniciativa, fortalecemos a Rede Alyne e reafirmamos nosso compromisso com a saúde das mulheres, principalmente aquelas que vivem em situação de vulnerabilidade, garantindo um pré-natal mais seguro e acessível a todas”, afirmou.
Com a suplementação universal de cálcio, o Ministério da Saúde busca não apenas reduzir os riscos da pré-eclâmpsia, mas também garantir que todas as gestantes tenham acesso a um acompanhamento pré-natal qualificado, seguro e baseado em evidências científicas.
Fonte: Agência Gov/Via Ministério da Saúde, com edição de JDV.
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