Coluna: E a Seleção Brasileira, hein?!

Antes de mais nada, preciso deixar claro que não sou comentarista de esportes, o que não me impede de observar o péssimo momento da Seleção Brasileira de Futebol. Aos que porventura questionarem a escolha do tema, tenho em minha defesa o fato de ter coberto partidas de futebol para um jornal de circulação estadual durante dois anos. Portanto, mesmo sem ser especialista, acredito que aprendi um pouco sobre esse universo pantanoso que se transformou a modalidade no Brasil.

Mas afinal, o que aconteceu com a Seleção Brasileira, por décadas apontada entre as melhores do mundo? Quais os fatores que contribuíram para três derrotas sucessivas? Foram as lesões dos craques da bola? Falta de entrosamento em campo? Ou incompetência do treinador interino Fernando Diniz? Para mim, é tudo isso, mas não somente isso… Existem outras razões que se somam e estão refletindo no baixo desempenho dos atletas.

A atuação equivocada e os escândalos da CBF, a ingerência na escolha dos convocados pelos treinadores (nem sempre a lista contempla os jogadores em melhor condição física e técnica), favorecendo os que têm contratos de patrocínio com grandes marcas. Isso sem falar nos jogadores que detêm o poder de “aconselhar” o treinador sobre a escalação que vai jogar… aquelas estrelas milionárias, que são amigos e protegidos do comandante do time. Alguém aí lembrou do jatinho emprestado por Neymar ao Diniz?…

Ainda em se tratando dos jogadores nos campeonatos brasileiros… E os esquemas de apostas, em que são corrompidos para a definição do placar?

Pessoalmente, prefiro os comentários de figuras controversas como Neto e Casagrande do que ficar ouvindo “babação de ovo” de alguns comentaristas que passam pano para a atual geração de jogadores.

Essa “Geração Nutella”, sem compostura, sem comprometimento com nada, a não ser com o próprio umbigo. Muitos deles estão apenas atrás de dinheiro, fama e diversão, alheios ao que está acontecendo fora da bolha onde vivem. Passam a se sentir semideuses e, em casos mais graves, se sentem acima da lei. Não é preciso citar nomes, não é mesmo?

Aqueles que querem jogar na Seleção unicamente movidos pelo ego e pela expectativa da valorização do passe são meros alpinistas sociais. Eles não entendem que vestir a camiseta Canarinho é uma honra, um compromisso com o país e com o povo brasileiro. Mas as dancinhas coreografadas não faltaram em Catar! Nem a ostentação desnecessária da carne banhada a ouro… Enquanto isso, a Argentina focava em jogar e o resultado a gente já sabe.

E diga aí, quem é considerado o maior craque da seleção brasileira da atualidade? Por que muitos o acusam de não focar na condição atlética e por isso não foi escolhido o melhor jogador do mundo? Possivelmente porque nunca assumiu as rédeas da própria carreira, mas sim, em jogar pelo dinheiro e “aproveitar a vida”. Faltou a seriedade que tinha de sobra a Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Pelé teve uma vida pessoal com episódios controversos, é verdade, mas indiscutivelmente foi o maior atleta do século 20.

Que tristeza ver essa Seleção, com um vexame atrás do outro… Será que vamos conseguir passar das Eliminatórias? E quem vai ser o treinador corajoso a suceder Diniz? Aguardemos os próximos capítulos…

 

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