Secretário diz que fatores externos podem pressionar alta de tarifas

Secretário diz que fatores externos podem pressionar alta de tarifas – A Secretaria de Planejamento e Urbanismo divulgou nesta semana um raio x do transporte público municipal desde o início de vigência do novo contrato de concessão, em agosto de 2021. O levantamento pontua os avanços alcançados no sistema, entre eles, a criação de mais linhas e horários, o subsídio mensal repassado pela Prefeitura, a aquisição de 31 ônibus zero km e três vans por parte da empresa (investimento de R$ 25 milhões), implantação da Estação de Integração do Garibaldi e Terminal de Integração da Barra do Rio Cerro e a manutenção da tarifa, que não sofre reajuste há três anos.

 

Contudo, o ano de 2024 está encerrando com uma preocupação para várias prefeituras, incluindo Jaraguá do Sul. Segundo o secretário de Planejamento e Urbanismo, Gildo Andrade, fatores externos da economia podem influenciar os custos do transporte público e, consequentemente, no valor das tarifas.

 

 

A Secretaria vem acompanhando com atenção o cenário, tendo em vista que os custos do transporte não são definidos simplesmente pelo equilíbrio entre a oferta e a demanda, envolvem fatores como inflação, preço dos combustíveis e, agora, a reoneração da folha de pagamento, sancionada recentemente pelo Governo Federal.

 

“Estamos atentos aos eventuais impactos dessas variantes para o transporte público. Também estamos conversando com a empresa concessionária e analisando as planilhas tarifárias, tendo em vista que há uma defasagem em relação à recomposição anual prevista no contrato com a concessionária e questões ligadas à economia”, explica Andrade.

 

Entre as cidades catarinenses com mais de 100 mil habitantes, Jaraguá do Sul tem uma das menores tarifas do transporte público urbano. Graças ao subsídio mensal de mais de R$ 500 mil repassados pela Prefeitura à empresa concessionária, o valor da passagem não foi corrigido desde o início do

contrato em 2021, permanecendo em R$ 3,94 até o momento. “Sem este aporte financeiro a tarifa do transporte pesaria muito mais no bolso dos usuários. Mas, temos outros fatores que também influenciam nesta conta”, afirma o secretário.

 

Município tem investido em melhorias

 

Atualmente, o IPKe (Índice de Passageiros Equivalente por Quilômetro) está em torno de 670 mil passageiros por mês, considerando todos os embarcados, mas efetivamente são 450 mil pagantes. O índice está aumentando e a previsão para 2024 é um crescimento de 7% sobre o ano passado,

considerando a tarifa atraente devido ao subsídio dado pelo município, melhoria no sistema, tecnologia embarcada nos ônibus, novos terminais,

novos ônibus, a tarifa a R$ 1,00 no “Domingou”, criação de aplicativos que facilitam a consulta pelos passageiros, entre outros.

 

 

 

O secretário Gildo Martins de Andrade Filho acrescenta que o município tem investido nos últimos anos na substituição dos abrigos para passageiros. Nos bairros e interior existem 670 abrigos no modelo padrão com estrutura de concreto e cobertura com telhas tipo escama e 62 abrigos

metálicos, mais na parte central e de maior número de embarques e desembarques.

 

Segundo Andrade, falta em torno de 50 abrigos para substituir pelo modelo padrão. Em todos, inclusive nos bairros, contam com o QR Code para que

os passageiros possam usar para consultas de horários, linhas e outras informações relacionadas ao transporte coletivo.

 

Com relação aos ônibus, todos contam com acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

 

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