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Rio Grande do Sul : desastre climático deve elevar preços dos alimentos

Rio Grande do Sul vive um momento dramático, com dezenas de mortes e um cenário de devastação estarrecedor. A população tem sofrido com as consequências dos temporais que atingem o Estado desde a semana passada

10/05/2024

O Rio Grande do Sul vive um momento dramático, com dezenas de mortes e um cenário de devastação estarrecedor. A população tem sofrido com as consequências dos temporais que atingem o Estado desde a semana passada, deixando milhares de pessoas e animais desamparados. Além dos impactos humano e ambiental — que devem ser o foco neste momento para que mais vidas sejam salvas e para que haja o restabelecimento da normalidade o mais breve possível —, a catástrofe terá efeitos econômicos tanto para o Rio Grande do Sul como para o País.

 

 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo estima que as perspectivas são de muitas perdas, com efeitos, inclusive, sobre os consumidores, em decorrência de uma eventual pressão nos custos, especialmente dos alimentos. Nenhum setor deixará de ser afetado — no Comércio, nos Serviços, na Industria e no Agronegócio. Tudo isso considerando que ainda é cedo para se ter uma ideia da real dimensão dos estragos.

 

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Rio Grande do Sul vive um momento dramático, com dezenas de mortes e um cenário de devastação estarrecedor

 

O arroz e os derivados do leite são alguns exemplos de itens que devem ficar mais caros por conta da catástrofe. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do País, e, embora pouco mais de 80% da safra tenha sido colhida, ainda não dá para saber se os estoques foram atingidos, ou quanto da parcela restante foi perdida. Há incertezas ainda sobre a logística do produto pelas restrições das rodovias.

 

O mesmo acontece com a criação de gado para produção de leite, que deve ser impactada com a perda de vacas e pasto, além da ingestão, por esses animais, de água sem qualidade, em razão das condições atuais do local.

 

Outros itens que devem encarecer são as frutas: uva, pêssego e maçã, tradicionais da região, podem ter a produção e o escoamento afetados pela interdição de estradas, impactadas pelos estragos ou pelo deslocamento de caminhões que estão sendo usados para prestar apoio à população atingida.

 

Nesse caso, os preços, que já estavam em alta desde o ano passado, em consequência de outro fator climático (El Niño), devem sofrer ainda mais pressão. Já no caso das hortaliças, a perspectiva é de falta de estoques nos estabelecimentos durante algumas semanas.

 

A paralisação da indústria local, seja para o atendimento às famílias, seja por outros fatores, pode levar à falta de suprimentos de inúmeras outras indústrias que utilizam o aço, por exemplo, como matéria-prima.

 

O turismo também será duramente afetado.

 

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