Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.
Coluna: Reflexões da maturidade
Quando jovens, as oportunidades vêm e vão. A maturidade tem seus desafios, mas não se deve colocar limites para si mesmo antes da hora. É momento de superação.
06/06/2021
Por Sônia Pillon
O processo de amadurecimento do ser humano não é linear, nem igual para todo mundo. Há os que amadurecem rapidamente, lentamente e há, ainda, os que nunca amadurecem, insistindo em manter uma mentalidade juvenil. Freud possivelmente explique, nesses casos. A aceleração no processo de maturação pode ser desencadeada por situações familiares, como quando as responsabilidades se apresentam durante a infância, ou mesmo por algum tipo de trauma. De qualquer forma, cada indivíduo carrega a própria história e isso é determinante na condução da vida.
Nossas vivências são únicas e intransferíveis. Passamos pelas fases criança, adolescente e adulta correndo atrás de objetivos, aprendemos, almejamos, realizamos e também nos frustramos em diversos momentos. Tudo isso faz parte da caminhada. Trazemos na bagagem pedaços do passado, das lembranças armazenadas, boas e ruins. Aprendemos pelo amor e pela dor, não é mesmo?
Quando jovens, temos uma vida pela frente, certo? As oportunidades vêm e vão. É preciso identificar, saber escolher. E se a reflexão pode ser boa conselheira, o medo pode paralisar e impedir a melhor escolha, em qualquer aspecto da existência. Viver é um ato de coragem, e quanto mais cedo aprendemos isso, menos oportunidades desperdiçamos. Sim, porque o tempo não pára! O tempo não espera! Ele, o Senhor Tempo, anda sempre, mesmo em períodos em que nos sentimos paralisados e impedidos de realizar nossos planos. Alguma referência com esse momento em que vivemos? Todas!
Trabalhamos, lutamos para superar obstáculos e vencer. Quando se aproxima o período em que temos tempo suficiente (sempre o tempo!), ficamos contando os meses, os dias… E quando esse momento chega, sentimos uma sensação de vitória inexplicável.
Mas e agora? O que fazer a partir do momento em que podemos ditar as próprias regras? Em primeiro lugar, olhar para si, em todos os sentidos. Averiguar a saúde é essencial. Depois, identificar o que ainda não realizou. Se é possível, está esperando o que? A consciência de que os ponteiros do relógio seguem girando nunca foi tão necessária quanto agora (eu disse agora, não amanhã!).
A maturidade e a chamada “melhor idade” tem seus desafios, sim, mas não coloque limites para si mesmo antes da hora. Supere-se! Outra dica importante: mais do que nunca, é preciso ser seletivo nas relações sociais e de amizade. Separe o joio do trigo. Valorize quem te valoriza.
E para as mulheres maduras contemporâneas, fica a orientação: Sintam-se livres em suas escolhas e façam-se respeitar.
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