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Qualidade das águas dos rios em Santa Catarina piora ao longo da vertente atlântica

A secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), integrada à secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, está atuando para traçar ações de fiscalização, com foco na conservação e sustentabilidade dos cursos d’água catarinenses. A ação é em parceria com os Comitês de Bacias, Polícia Militar, Polícia Ambiental, Instituto do Meio Ambiente (IMA), prefeituras, entre outros órgãos municipais.

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A primeira ação será na Bacia do Rio Itajaí, que apresentou o maior dado negativo no 9º Boletim de Monitoramento da Qualidade das Águas, o Qualiágua, referente à campanha 01/2021, lançado na sexta-feira (16) em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).

Segundo o secretário do Meio Ambiente, Leonardo Ferreira, o estudo, que tem a missão de balizar ações para o cuidado dos rios, apresentou piora na qualidade da água, se comparado com as demais análises apresentadas em 2019 e 2020. O que resultou no aumento significativo do percentual de coliformes. E quando se trata da qualidade global das águas, 70% dos pontos foram classificados na condição razoável.

“Nosso trabalho de monitoramento vai continuar, assim como algumas medidas já estão sendo tomadas, como o aumento das fiscalizações, para a efetividade e o avanço do processo de gestão de ações de conservação e sustentabilidade dos cursos d’água no estado”, ressalta o secretário.

Dos 40 pontos analisados, oito pontos apresentaram classificação ruim, 29 razoável e três boas. Ao todo, 27 pontos obtiveram parâmetros em desconformidade com a legislação, prevista na Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A maioria delas está relacionada aos parâmetros de coliformes termotolerantes, assim como fósforo total e turbidez.

É o caso dos rios Itapocu e Putanga, no Vale do Itapocu. A duração total do Programa é de 5 anos.

Coleta e análise de água é realizada em 105 pontos em todo o estado

O Programa de Monitoramento é uma das linhas de ação previstas no Plano Estadual de Recursos Hídricos, o qual contribui para o objetivo de melhorar a qualidade da água em Santa Catarina.

Em 2019, foram monitorados 23 pontos, sendo estes ampliados para 40 pontos em 2020. Neste ano, serão avaliados mais 65 pontos, totalizando 105 pontos analisados em todo o estado. A duração total do Programa é de cinco anos e, ao todo, são realizadas quatro coletas por ano, sendo disponibilizadas divulgações trimestrais.

“A construção da série histórica de dados possibilita a compreensão acerca da evolução da qualidade da água e a identificação das medidas necessárias para atingimento de metas estabelecidas nos planos de recursos hídricos. Entramos no terceiro ano de monitoramento. Acredito que um futuro melhor para a sociedade inclui promover e apoiar iniciativas sustentáveis”, reforça Ferreira.

Coliformes e turbidez fazem qualidade ruim dos rios Itapocu e Putanga

O programa monitora 21 parâmetros de forma trimestral, totalizando quatro coletas por ano. Os resultados são disponibilizados na forma de laudo/relatório, constando informações das análises, memorial fotográfico e comparação com os valores máximos dos padrões de qualidade da água limites estabelecidos pela Resolução Conama nº 357/2005, tendo em vista a classe de enquadramento para Água Doce.

A qualidade das águas foi classificada conforme o Índice de Qualidade da Água (IQA). Foram definidos nove parâmetros, considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas do Estado de Santa Catarina, sendo eles: coliformes termotolerantes, pH, cloreto, nitrogênio total, fosfato total, variação da temperatura da água, turbidez, sólidos totais e oxigênio dissolvido.

As coletas referentes à campanha de março de 2021 ocorreram entre os dias 1º e 10 de março. Com os dados tabelados, cada ponto de monitoramento foi classificado de acordo com o IQA. Dos 40 pontos analisados, oito pontos apresentaram a classificação Ruim (IQA entre 26 e 50), 29 pontos a classificação Razoável (IQA entre 51 e 70) e três pontos a classificação Boa (IQA entre 71 e 90). Ao todo, 27 pontos obtiveram parâmetros em desconformidade com a legislação.

O conjunto de dados analisados na campanha de março de 2021 demonstra que a qualidade da água em 67,5% dos pontos da vertente litorânea não atendeu a um ou mais padrões estabelecidos. É o caso do rio Itapocu, em pontos de coleta de Jaraguá do Sul e Guaramirim e, do rio Putanga, que divisa Massaranduba e Guaramirim. Os maiores desacordos encontrados são dos parâmetros coliformes termotolerantes (presente em 60% dos pontos dos rios da vertente atlântica) e turbidez.

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Redação JDV

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