Saúde

Purple Day: Conscientização para combater o preconceito e garantir direitos

No dia 26 de março, o mundo se une na luta pela conscientização sobre a epilepsia com a celebração do Purple Day, também conhecido como Dia Roxo. Em Santa Catarina, essa data ganhou ainda mais relevância com a lei estadual de minha autoria que instituiu oficialmente o Dia de Conscientização sobre a Epilepsia.

 

 

A iniciativa visa não apenas disseminar informação, mas também combater o estigma e o preconceito que ainda cercam a doença, que pode ter origem genética ou ser causada por uma lesão no cérebro, decorrente de um acidente, por exemplo.

 

 

 

 

Muita gente não sabe, mas o Imperador Dom Pedro I, o advogado e escritor Machado de Assis e o pintor Van Gogh tinham epilepsia. A doença é uma condição neurológica crônica que afeta cerca de 4 milhões de brasileiros e 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Ela se caracteriza pela ocorrência de crises epilépticas inesperadas, convulsões provocadas por descargas elétricas anormais de neurônios em alguma região do cérebro.

 

 

 

 

No passado, era ainda mais difícil conviver com a doença, mas hoje é possível controlá-la. Sete em cada dez pessoas com epilepsia conseguem manter as crises sob controle e desenvolvem suas atividades. Isso demonstra que a condição é tratável e que o acesso ao tratamento adequado faz toda a diferença na qualidade de vida dos pacientes.

 

 

 

Purple Day

 

Já passou da hora de assegurar exames e tratamentos mais avançados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos disponibilizados atualmente pelo SUS são os mesmos de 50 anos atrás, como fenobarbital e carbamazepina, e são deixadas de fora opções mais eficazes.

 

 

 

Como médico neurologista, acompanho de perto a dificuldade de pacientes que precisam entrar na Justiça para obter medicações que garantam melhor qualidade de vida.

 

 

 

Além disso, o acesso a exames diagnósticos é um grande obstáculo. Em muitas regiões do estado, a realização de um simples eletroencefalograma de qualidade é um desafio. Sem diagnóstico adequado, o tratamento fica comprometido e as chances de controle da doença são reduzidas.

 

 

 

E os desafios vão além da saúde. O preconceito ainda é um dos maiores problemas enfrentados por quem tem epilepsia. Muitos pacientes são discriminados em ambientes escolares, no mercado de trabalho e até mesmo em situações do dia a dia. A falta de informação leva ao isolamento e ao sofrimento de milhares de pessoas.

 

 

 

Por isso, iniciativas como o Purple Day são fundamentais para eliminar o tabu sobre a doença e promover a inclusão. A conscientização é o caminho para garantir dignidade, respeito e melhores condições de vida para todas as pessoas com epilepsia.

 

 

 

 

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Cristiane Marcelino

Relações Públicas RP 4173 Editora, redatora. e pós-graduanda em Copywriting e Escrita Criativa

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