Santa Catarina tem visto, de forma frequente, o aumento no número de registros relacionados a cobras, principalmente em residências de área urbana. São mais de 80 espécies no Estado e, de fato, o número de animais resgatados em casas tem sido recorrente, conforme afirma o biólogo da Fujama Gilberto Adhemar Duwe, que explica a situação como consequência da conscientização sobre o resgate de animais.
— Antes as pessoas matavam as cobras sem acionar o resgate, e a situação passava despercebida. Agora, as pessoas dão mais atenção para esses animais e entendem que não podem matá-lo, assim como os resgates estão sendo divulgados com mais frequência — diz.
A opinião é compartilhada pelo também biólogo, Selvino Neckel, que relata, ainda, o maior aparecimento desses animais nos últimos anos por dois fatores: o crescimento de construções no habitat natural do animal e a maior produção de lixo e entulho — o que atrai população de roedores, que, por sua vez, atraem cobras que se alimentam deles.
O especialista no assunto, Tobias Kunz, complementa:
— Também temos um relevo muito acidentado, com muitas áreas urbanas, geralmente nas baixadas, bem próximas de áreas florestais das encostas circundantes, o que causa a “chegada” desses animais nesses locais — completa Kunz.
Conforme explicam os especialistas, o aparecimento de cobras em áreas urbanas é um fenômeno nacional. Santa Catarina, porém, segundo Neckel, precisa controlar um possível crescimento desordenado e a especulação imobiliária sobre as áreas naturais.
— Se não tiver algo sério, vamos ver um aumento de casos e problemas de saúde pública, não só para nós humanos, mas também para os animais domésticos — explica.
— Não são tão perigosos como aprendemos quando criança, que eles vão correr atrás da gente. Quando peçonhentas, vão picar a pessoa para se defender e, por isso, é preciso cuidado em área de mata. Elas não picam porque querem picar, mas por defesa — complementa Gilberto Adhemar Duwe.
A captura de cobras no Estado já mobilizou diversas vezes especialistas de diferentes regiões. No início de fevereiro, conforme divulgado pelo NSC Total, uma das espécies mais venenosas do Brasil e que pode matar humanos foi encontrada em uma casa de São José, na Grande Florianópolis. A serpente estava no telhado de uma residência.
No Norte do Estado, em janeiro, uma cobra-coral verdadeira chamou a atenção ao vomitar uma cobra-de-duas-cabeças inteira, de aproximadamente 30 cm, em Jaraguá do Sul. Segundo o biólogo que fez o registro, Christian Raboch, a serpente expeliu o animal um dia após aparecer em uma casa e ser resgatada.
Quase um mês depois, também na região Norte, uma cobra dormideira foi encontrada por funcionários de um restaurante enrolada em uma cadeira de um restaurante em Jaraguá do Sul.
Conteúdo original publicado por NSC
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