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O voto em trânsito No aplicativo e-Título e no site do Tribunal Superior Eleitoral estão disponíveis os locais de votação em trânsito temporários. Eleitores fora do domicílio eleitoral nos dias 2 de outubro (1º turno) e 30 de outubro (2º turno), que fizeram o pedido, podem consultar o local indicado…

02/09/2022

O voto em trânsito

No aplicativo e-Título e no site do Tribunal Superior Eleitoral estão disponíveis os locais de votação em trânsito temporários. Eleitores fora do domicílio eleitoral nos dias 2 de outubro (1º turno) e 30 de outubro (2º turno), que fizeram o pedido, podem consultar o local indicado pela Justiça Eleitoral. Se estiver em SC, por exemplo, o eleitor poderá votar em todos os candidatos. Mas, se em outro estado só para presidente.

Facilidade restrita

Porém, o voto em trânsito só é liberado para eleitores domiciliados em municípios com mais de 100 mil habitantes. No caso de Santa Catarina, são apenas 11 dos 295 municípios. Por ordem alfabética, Balneário Camboriú, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Palhoça e São José.

ELEIÇÕES

  • A vice-governadora Daniela Reinher (PL) foi intimada em ofício da Secretaria da Fazenda a comparecer na Capital quarta-feira passada (31) às 10 horas, para tomar posse, visto a licença de Carlos Moisés (Republicanos). Não foi, estava cumprindo agenda em Blumenau e só soube do comunicado pouco antes do horário estabelecido.

 

  • Daniela percebeu a arapuca armada, reagiu e se licenciou antes de Moisés. Que não o fez conforme dizia o ofício. Se assumisse, Moisés voltaria no dia seguinte e ela estaria impedida de disputar a eleição à Câmara dos Deputados. A posse do deputado Moacir Sopelsa (MDB) amanhã (3) não foi desmarcada.

 

  • Sopelsa governador é parte do negócio com o grupo do MDB que apoia Moisés. E se Daniela aparecer na hora da transmissão do cargo para assumir o governo? Pode fazê-lo, apostando todas as fichas na vitória de Jorginho Mello (PL), seu amigo e confidente. A recompensa virá com cargo no secretariado.

 

  • No mesmo ato de posse de Sopelsa está prevista a nomeação do deputado Romildo Titon (MDB) como secretário da Agricultura. Titon recorre de sentença de prisão de 10 anos em regime fechado, aplicada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina por crimes de corrupção e organização criminosa.

 

  • Diretoria da Associação dos Funcionários da Celesc obteve documento assinado pelo senador Esperidião Amin (PP), candidato a governador, e do deputado Kennedy Nunes (PTB), de que a Celesc, se Amin vencer a eleição, não será privatizada.

 

  • Em 1999, com a aprovação da Assembleia Legislativa, o então governador Esperidião Amin foi o grande artífice da federalização do Banco do Estado de Santa Catarina, depois incorporado pelo Banco do Brasil. À época o BESC tinha 147 agências (todos fechadas) e cinco mil funcionários.

A 10 por hora

Faltando hoje (2) exatamente um mês para a eleição de outubro, a campanha à reeleição de Carlos Moisés (Republicanos) ainda não decolou como o esperado. Parece congelada. Não se ouve barulho de muitos prefeitos do MDB recentes signatários de compromisso assumido com Moisés em troca de recursos repassados pelo Plano 1000 (mil reais por habitante).

Pulga atrás da orelha

Moisés ainda lidera as pesquisas de intenção de votos, porém com nenhuma folga em relação aos adversários mais próximos. No caso, Jorginho Mello (PL), um desafeto pessoal, e Esperidião Amin (PP), que tentou, sem sucesso, negociar apoio do seu partido a Moisés. Mesmo assim, em parte o PP alinhou-se ao governador.

É pau, é pedra…

“Não posso admitir que um governo permita o sumiço de R$ 33 milhões, no caso dos respiradores fantasmas. Isso não é coisa de gente séria. Já vi muito ladrão sendo preso por muito menos. E o mais incrível é ver o governador dizer que não sabia de nada”. O discurso é da delegada Marilisa Boehm (PL), durante passagem por Jaraguá do Sul na terça-feira (30). Ela é vice de Jorginho Mello (PL). Em outras palavras, chamou Carlos Moisés de ladrão!

 

OLHO NAS URNAS!

Lula vence Alckmin em segundo turno (3)

A eleição presidencial de 2006 também ocorreu em dois turnos, como em 2002. E tão polarizada como agora, entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula da Silva (PT). Na prática, apenas dois dos oito candidatos tinham chances de vencer o pleito: Lula da Silva, que em outubro disputa sua sexta eleição, e Geraldo Alckmin (PSDB), agora filiado ao PSB e o vice do candidato petista. O primeiro turno foi em 1º de outubro e o segundo em 29 de outubro de 2006. Foi a 5ª eleição presidencial do país após a promulgação da Constituição Federal de 1988.

 

 

Mais quatro anos

O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2002, foi reeleito em segundo turno para mais quatro anos de governo. Lula obteve 58.295.042 votos (60,83% dos votos válidos), contra 37.543.178 (39,17%) de Geraldo Alckmin (PSDB), que, por sua vez, registrou um marco histórico ao receber menos votos no segundo turno em relação ao primeiro. O tucano venceu apenas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No primeiro turno, Alckmin levou a melhor em Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

 

A quinta disputa de Lula

O presidente Lula começa seu segundo mandato no dia 1° de janeiro de 2007. Em 2006 foi a quinta vez que o candidato petista disputou eleições presidenciais. Ele já havia participado dos pleitos de 1989, quando foi derrotado por Fernando Collor de Mello; em 1994 e 1998, quando   foi Fernando Henrique Cardoso, e em 2002, quando teve sua primeira vitória contra o tucano José Serra, eleito em 2006 para o governo do estado de São Paulo. Entre os oito candidatos à presidência da República em 2006, a terceira mais votada foi Heloisa Helena, concorrendo pelo PSOL, com 6,5 milhões de votos. Foi a 3ª mulher que recebeu mais votos em uma campanha rumo à presidência do Brasil, atrás apenas de Marina Silva e Dilma Rousseff.

 

Luiz Henrique reeleito

No mesmo ano, em Santa Catarina foi reeleito o governador Luiz Henrique da Silveira. Dos 4 milhões de eleitores aptos, houve 3.197.100 de votos válidos. Votaram em branco 57.406 eleitores (1,62%) e nulo, 278.770 (7,89%). Em 2002, Amin bateu LHS no primeiro turno com 1,2 milhão de votos contra 918 mil. O emedebista, então, declarou apoio a Lula da Silva (que naquele ano venceu a primeira e única vez e Santa Catarina) e derrotou Amin em segundo turno por diferença de 20 mil votos. LHS obteve 1.685.184 votos em segundo turno. Seu concorrente, Esperidião Amin (PP), derrotado pelo mesmo Luiz Henrique em 2022, recebeu 1.511.916 sufrágios.

 

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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