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Política e Políticos – Vai, mas não volta

Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região

04/03/2025

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

Política e Políticos

Foto Rodolfo Espínola -AgênciaAL

 

Deputado Carlos Humberto (PL) se defendeu de críticas recebidas por abordar temas econômicos que dizem respeito ao Congresso Nacional. Ele lembrou que os catarinenses são brasileiros e, como tal, sofrem as consequências. “A inflação que corrói o salário do trabalhador brasileiro, também corrói o salário do trabalhador catarinense”, repetiu Humberto (na foto, à direita). Que retomou a discussão sobre a devolução dos impostos que vão para Brasília. “Em 2025, serão R$ 130 bilhões, mas receberemos de volta R$ 10 bilhões. Os restantes R$ 120 bilhões vão pagar a conta da ineficiência, dos juros altos, do gasto desenfreado e dos déficits das estatais”, atacou o deputado.

 

 

Política e Políticos – CURTAS

 

*Lula da Silva (PT) disse que viria hoje, quarta-feira de Cinzas (5) a Itajaí. Para, segundo ele, “fazer o porto (agora sob comando do governo federal), andar”. Sim, de fato, foram quase dois anos no ostracismo depois que Brasília resolveu retomar o porto, até então e há mais de 20 anos, municipalizado.

 

* Em meados de 1996, um movimento político liderado pelo PMDB municipalizou o porto de Itajaí. O convênio que permitia a municipalização terminou em 31 de dezembro de 2024, mas a paralisação das atividades de contêineres ocorreu em dezembro de 2022, quando terminou o contrato de arrendamento.  A União não fez nova concessão em tempo hábil.

 

* Impasses políticos (interesses políticos sempre se sobrepõem) e administrativos, atrasos no edital para a concessão definitiva e uma interminável discussão que começou em 2019, durante os estudos de desestatização, emperraram a transição.

 

*O porto de Itajaí era público e único do país com gestão municipalizada, mas de propriedade da União. A eleição de Jorginho Mello, em 2022, e do prefeito Robinson Coelho, em 2024, ambos do PL, acelerou o processo de federalização (Por motivos obviamente políticos) ao invés de privatização como foi anunciado.

 

*O reinício da movimentação de containers no porto de Itajaí se deu em maio do ano passado, pelas mãos dos velhos amigos de Lula, os irmãos Batisti, da JBS, através de sua subsidiária Seara. Lula disse que vem ao estado que tem o governador que mais fala mau dele. O que não é verdade.

 

*Bolsonarista de quatro costados, faça-se justiça (gostem ou não dele) ao governador Jorginho Mello (PL), que tem desafiado Lula da Silva (PT) a inaugurar uma obra em SC. Para, então sim, recebê-lo seguindo o devido protocolo. Mas até lá não vai fazer palanque para o petista.

 

 

PL procura um líder

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Deputado Ivan Naatz (PL) vai deixar (obrigatoriamente) a liderança do governo na Assembleia para se candidatar a desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. E, a mando de Jorginho Mello (PL) já convidou o ex-presidente da Alesc, Mauro de Nadal (MDB) para assumir o posto. Mas Nadal, também coordenador da bancada regional do MDB no Oeste, mesmo com o partido comandando três secretarias estaduais, reluta. Ele é um dos poucos que não abonam a ida do MDB para o governo de Mello. E que ainda sonha (ou sonhava) como uma candidatura do partido ao governo do Estado. Ele próprio, se fosse viável, a estas alturas, entrar no páreo com alguma chance.

 

 

Política e Políticos – VIA BRASIL

 

*Salvo melhor juízo, o Brasil é o único país do mundo com dois ministros da Comunicação. Um é o deputado federal e médico, Juscelino Filho (União Brasil/MA), envolvido em denúncias de favorecimento a propriedades da família com verbas de emendas parlamentares.

 

*O outro é o baiano e publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula da Silva (PT) em 2022 e titular da Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Em comum, ambos não têm conseguido “convencer” a população sobre a competência de um o governo com 38 ministérios.

 

*Mas Brasília vai mudar a “comunicação” sobre ações e obras, injetando mais R$ 200 milhões na mídia aparelhada. É uma tentativa de sustar a queda vertical da credibilidade, contrapondo aos diários discursos estabanados, tal e qual uma missa de réquiem.

 

*Ministra do Planejamento e Orçamento, a ex-senadora Simone Tebet (MDB/MT) deve entregar o cargo se, de fato, for candidata à presidência da República em 2026, como tem dito. Candidata em 2022, foi a terceira mais votada (4.915.423 votos). Ficou ministra no balcão de negócios que levou o MDB para o governo Lula da Silva (PT).

 

 

Escreveu, não leu…

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A demissão da ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, só não foi pior que a do ex-ministro da Educação, o ex-senador e professor universitário, Cristovam Buarque (PT/DF), despedido por Lula da Silva (PT) em 2004. Por telefone, quando estava em Portugal. À época, Lula disse que não aguentava mais “acadêmicos” no governo. “Quero ministros para apresentar resultados, não para ficar com conversa”. E empossou Tarso Genro (PT), ex-prefeito de Porto Alegre. A troca de Nísia se deu pelo viés político, como no caso de Buarque, pois desde sempre o toma lá, dá cá está acima de tudo e de todos. Só para lembrar: entre 2003 e 2007, Lula, que disse não gostar de universitários, deixou de investir R$ 20,144 bilhões em Educação. Em 2010, R$ 1,28 bilhão. Em 2023, bloqueio de R$ 322 milhões.

 

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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