Política e Políticos – Urnas carregadas!

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Se todos os registros forem validados pelo Superior Tribunal Eleitoral depois da peneira do Tribunal Regional Eleitoral, Santa Catarina terá nada menos que 19.263 candidatos nas urnas de outubro disputando cargos de prefeito, vice e vereador. Mesmo assim, 12% menor que em 2020 por conta da nova regra para candidatos a vereador.

Até aquele ano, de 150% sobre o número de vagas nas câmaras, agora reduzido para 100% mais um. Desse total, 832 querem ser prefeitos (40 se declaram negros ou pardos), ou vice. E outros 17.599 tentam vagas para vereador. Nesse caso, é o segundo maior volume de candidatos desde 1996. O recorde foi em 2020, com 21.853 mil. Em todo o Brasil são mais de 400 mil candidatos, dos quais 13.997 a prefeito e 379.320 para vereador. De resto, a nossa conta não demora.

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CURTAS

*Santa Catarina tem 295 municípios, com centenas de candidatos a prefeitos nas urnas de outubro, mas cinco deles terão candidaturas únicas. Quatro pelo PL (Iraceminha, Meleiro, Ouro e Peritiba). E um do PSD (Planalto Alegre). Juntos, esses cinco municípios somam 15.353 eleitores. Em todo o Brasil o quadro se repete em 214 municípios.

*Eleição com candidato único para prefeito em municípios de Santa Catarina remonta ao ano de 1989, em Vitor Meireles, no Alto Vale do Itajaí, então de Ibirama. O primeiro prefeito eleito foi Aldo Schneider, pelo PMDB. Em 1996 ele venceu a disputa para novo mandato, sendo reeleito em 2000. Também foi deputado estadual, de 2011 a 2022.

*Senadores Beto Martins (PL), suplente de Ivete Appel da Silveira (MDB), Jorge Seif (PL) e Esperidião Amin (PP) estão quietos sobre os votos (dos três) favoráveis a anistia de R$ 23 bilhões de recursos públicos gastos pelos partidos políticos em campanhas eleitorais sem a obrigatória prestação de contas. Quem cala, consente?

*Ex-deputado federal Paulo Bornhausen (PSD), secretário estadual de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos, coordena com a Federação Catarinense de Municípios o projeto “Rede de Prevenção a Desastres”. Uma parceria entre governo e municípios no enfrentamento a problemas climáticos. E, na prática, uma pré-campanha para 2026.

*Fábio Luiz Fernandes Castelo Guedes (PL), vereador de Itajaí, foi condenado a extraordinários 93 anos de cadeia pela prática contumaz da conhecida “rachadinha, uma extorsão dos salários de servidores comissionados. Era a condição para não perderem os empregos. Uma assessora do vereador, que coletava as “doações”, pegou 63 anos. Mas vão recorrer em liberdade.

*Motorista bêbado que causar acidentes com mortes pode ser condenado a até 18 anos de prisão com perda definitiva da CNH. Em resumo, é o que diz projeto de lei do deputado federal Valdir Cobalchini (MDB). E por que não fazer disso um artigo do Código Brasileiro de Trânsito? Leis cheias de vícios, como as que temos, pressupõem condenações brandas. Ou até nenhuma.

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“Milagreiros” de plantão

Incomodado com cobranças dos adversários políticos que disputam a chefia do Executivo, o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (PL) postou vídeo simulando atirar um tijolo contra vidraça do prédio da prefeitura. “Entramos no período em que a prefeitura e a gestão se tornam ainda mais “vidraça” de quem sequer entrou em meu gabinete ou conversou com nossa equipe ao longo dos últimos anos, para entender como funciona a gestão do Executivo de uma cidade como Blumenau”, acusou Hildebrandt. Apoiador da candidatura do deputado estadual Egídio Ferrari (PL) à sua sucessão. “São milagreiros com soluções mirabolantes”, atacou o prefeito. De fato, e não é só lá. Essa é a marca registrada da maioria.

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VIA BRASIL

*Projeto de lei já aprovado no Senado estende a licença-maternidade e o salário-maternidade em casos de internação da mãe ou do recém-nascido prematuro. O tema agora será apreciado pela Câmara dos Deputados.

*Segundo o projeto, o benefício será concedido a partir da data em que a mãe ou o recém-nascido receber alta hospitalar, considerando o que ocorrer por último, desde que a internação ultrapasse 15 dias.

*A deputada federal Missionária Michele Collins (PP/PE) assina projeto de lei que proíbe a participação de atletas transexuais em competições esportivas apoiadas com recursos públicos.

* “Temos visto as competições com a participação de pessoas trans, a exemplo de homens que se sentem mulheres, em equipes femininas. Uma desvantagem quando consideramos o aspecto fisiológico”, argumentou a deputada.

Mudanças no decreto de armas

Impulsionado pela oposição, o projeto de lei que anula parte do decreto sobre armas de Lula da Silva (PT) deve ser analisado pelo Senado na próxima semana. Entre outras coisas, retira a proibição de que clubes de tiro tenham uma distância mínima de um quilômetro em relação a instituições de ensino públicas ou privadas.

Armas de pressão por gás comprimido ou por ação de mola deixam de ser classificadas como “de uso restrito”, ou seja, a compra e o uso terão menos controle do Estado. Fica permitido, também, o uso de arma de fogo para fins diferentes daquele declarado na hora da compra. A coleção de armas iguais às que estão em uso nas Forças Armadas e automáticas de qualquer calibre passam a ser liberadas. Além disso, o colecionismo deixa de ser restrito a museus.

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