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Política e Políticos – Solução sempre foi uma ponte

Política e Políticos – Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

16/10/2024

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

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Por incrível que pareça, um estudo desenvolvido pela Univali sobre o canal do Linguado, na BR-280, que leva a São Francisco do Sul e aterrado há quase 90 anos, sugere, entre outras propostas, a construção de uma ponte ferroviária móvel como uma das soluções para viabilizar a duplicação da rodovia.

 

Exatamente como era em 1935, quando o canal foi fechado com um grande aterro, travando o fluxo da maré e causando impactantes danos à fauna marinha. O aterro substituiu uma ponte de ferro de 1909, por onde passavam os trens rumo ao porto. Ela girava em torno de si dando passagem a todo tipo de embarcações. Com o pretexto de se construir uma fábrica de caminhões da Mercedes em Joinville, o então presidente-ditador, Getúlio Vargas, decretou o fechamento do canal em 24 de maio de 1933.

 

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

CURTAS

 

*Está agendado para dia 5 de novembro um encontro estadual com prefeitos (41), os vices e os vereadores (397) eleitos do PSD, em convocação do presidente do partido, Eron Giordani. E foco é a majoritária de 2026. Aliás, o prefeito reeleito de Chapecó, João Rodrigues, já está em campanha.

 

*Deputado Júlio Garcia (PSD) tenta presidir a Assembleia Legislativa pela quarta vez (duas vezes o foi por aclamação do plenário). E já se articula para a eleição do grupo que comandará a Casa a partir de fevereiro de 2025 a ser definido no balcão de negócios. Mas tudo passa pelo MDB e o PL, que juntos somam 18 dos 40 deputados.

 

*Governador Jorginho Mello (PL) já deu o recado: quer que o MDB governista se comprometa, desde já, a apoiá-lo em seu projeto de reeleição em 2026. Ou, então, que desembarque sem muita demora, o que não é provável. É a lógica, ou estão com ele (Mello) ou não. Ou…, ou sai da moita, diz o adágio popular.

 

*Deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) é autora de projeto de lei polêmico, proibindo o uso de drones na fiscalização de trânsito em todo o país. Zanatta alega o direito à privacidade dos motoristas e pedestres. Além daquilo que chama de “sanha arrecadatória”.

 

*Nos 50 quilômetros do contorno de Florianópolis recém-inaugurado, por exemplo, como contratualmente não havia obrigação da Arteris Sul (que bancou a obra de R$ 6 bilhões) de construir um posto da Polícia Rodoviária Federal, a fiscalização é feita com drones.

 

*É do deputado federal Jorge Goetten, presidente estadual do Republicanos em Santa Catarina, outro polêmico projeto de lei, proibindo a divulgação indiscriminada de produtos e serviços de alto risco, como apostas e jogos de azar, por influenciadores digitais. O principal ponto é a proibição é a promoção de apostas na internet acessíveis a menores de idade. 

 

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“Nós não devemos silenciar diante dessas insinuações que diminuem a grandeza do gesto e da decisão do Senado em apreciar a proposta de emenda à constituição que limita os efeitos das decisões monocráticas dos ministros do STF. E, se Deus quiser, não se haverá de intimidar a Câmara dos Deputados para deliberar sobre o assunto”.

 

O discurso é do senador Esperidião Amin (PP), sobre manifestações de ministros do Supremo Tribunal Federal, diminuindo e demonizando uma iniciativa que socorre a sociedade à mercê de um indivíduo em decisões monocráticas. Aliás, que se faça justiça: Amin é o único dos três senadores catarinenses a se insurgir com frequência. Os outros, sobre o tema, falam tanto quanto uma girafa.

 

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VIA BRASIL

 

*Técnicos da equipe econômica do governo avaliam que mudanças nas regras de concessão de benefícios assistenciais, trabalhistas e previdenciários podem gerar prejuízos políticos em estados do Norte e Nordeste, onde Lula da Silva (PT) tem maior apoio de eleitores. Afetando os planos de uma reeleição em 2026.

 

*O próprio Lula, consta, não está “convencido” sobre a necessidade das mudanças em uma agenda de revisão de gastos do governo. Aliás, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já disse: “a condução da política econômica é um desafio político”. Resumindo, o que interessa, mesmo, é o voto na urna. E quanto a isso, nada de novo.

 

*A estratégia de ‘convencimento’ sobre a necessária mudança das regras de benefícios virá com publicidade maciça voltada principalmente para a classe média, nada satisfeita com a área econômica. Atualmente, as três agências que atendem o governo somam R$ 562,5 milhões em contratos.

 

*A indicação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para um ministério tem sido discutida no Palácio do Planalto. Sob reserva, aliados de Lula da Silva (PT) entendem que o senador só não será ministro se não quiser. Capisce? Ou precisa desenhar?

 

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E segue o baile!

Condenado em 2021 pela Lava Jato a 98 anos, 11 meses e 11 dias pelos crimes de corrupção passiva, ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi absolvido em abril do ano passado em sentença anulada pelo Tribunal Regional Federal (Rio de Janeiro).

 

Em 6 de outubro, com direitos políticos recuperados, foi eleito prefeito de Piraí (RJ), município com 28 mil habitantes. Na terça-feira (15) Pezão esteve em Brasília onde se encontrou com Lula da Silva (PT). “Sempre foi um grande amigo, um grande aliado. Sempre tive no presidente Lula uma das maiores referências políticas do país”, disse Pezão aos jornalistas.

 

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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