Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Política e Políticos – O calorão nas escolas
Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região
10/03/2025
Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br
foto Solon Soares-Agência Alesc
A onda de calor que atingiu Santa Catarina nos últimos dias teve grande impacto em estudantes e profissionais da educação, sem ar-condicionado, ventiladores e uma rede elétrica adequada. Presidente da Comissão de Educação e Cultura, a deputada Luciane Carminatti (PT), que representa o Oeste, uma das regiões mais quentes de SC, observou que há alunos indo para a escola com toalha molhada no pescoço para aguentar o calor. E observou que a Secretaria das Educação assinou termo de cooperação com a Celesc e a Acafe (universidades públicas), já em 2023, para substituição das redes elétricas e a instalação dos condicionadores de ar. “E que estão há anos encaixotados”, denunciou Luciane. Infelizmente, nada de novo. É a constatação do histórico desleixo de sucessivos governos.
Política e Políticos – CURTAS
*Pode-se dizer que o governador Jorginho Mello (PL) “colou” no prefeito Adriano Silva (Novo). No domingo (9), aniversário de Joinville), Mello garantiu mais R$ 48 milhões para o Hospital São José, que é do município. Em 2023, foram R$ 32 milhões, repassados na mesma data.
*O custeio do São José, incluindo salários, foi promessa solene de Jorginho Mello na campanha de 2022. Aliás, em seu discurso, Mello tratou o assunto no plural: “ Somos parceiros. Estamos devolvendo parte do que a cidade nos entrega. E a saúde é um dos principais focos da nossa gestão”.
*O interesse político é recíproco. Adriano não se candidatará a governador, mas quem sabe esteja de olho no Senado, numa coligação PL/Novo. Afinal, foi reeleito em primeiro turno com 244.321 votos (diferença de 204,6 mil votos) sobre o segundo colocado. E tem cacife para pensar no Congresso.
*O novo salário mínimo regional pago em Santa Catarina ainda é maior que o mínimo nacional (R$ 1.518,00). E vai vigorar tão logo seja aprovado pela Assembleia Legislativa, para quatro categorias de trabalhadores. O menor, R$ 1.730,00. Depois R$ R$ 1.792,00, R$ 1.898,00 e R$ 1.978,00. Não incluídos benefícios.
*O PL tem o secretário-adjunto da Secretaria da Agricultura e Pecuária, agora comandada por Carlos Chiodini. É o ex-prefeito do município de Galvão por quatro mandatos, pelo MDB e PL, Admir Edi Dalla Cort. O cargo estava vago desde 2023 e o ex-secretário Valdir Collato (PL) nunca conseguiu emplacar nenhum dos quatro nomes que indicou para a função.
*Deputado estadual Sargento Lima (PL/Joinville) lançou sua pré-candidatura a deputado federal em 2026. Eleito em 2018 com 35.053 votos, foi reeleito em 2022 fazendo 71.185 votos. Já o MDB presidido por Carlos Chiodini, agora secretário da Agricultura, fará suas convenções municipais nos dias 17 e 18 de maio.
As guardas municipais
Foto Bruno Collaço-Agência AL
A decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer o poder das guardas municipais no policiamento preventivo e comunitário, e prisões em flagrante, divide opiniões na Assembleia Legislativa. Napoleão Bernardes (PSD) elogiou o STF, dizendo que a Corte reconheceu o que na prática já acontece. Mas o deputado Vicente Caropreso (PSDB) discordou: “A Associação Empresarial de Jaraguá do Sul tem investido na PM, mas o que os comandantes querem é mais efetivo. “Pedem mais gente, os que estão lá, estão estourados, não aguentam o tranco. O estado é responsável pela segurança e se a gente começar a distribuir por vários setores, vamos gastar muito mais”, disse Caropreso. No caso de Jaraguá a mesma proposta já foi rechaçada pela Acijs no governo do ex-prefeito Moacir Bertoldi. Comparando, e com todo o respeito, 15 PMs devem vir para Jaraguá. Para Gaspar, no Médio Vale do Itajaí, irão oito.
Política e Políticos – VIA BRASIL
*Lula da Silva (PT) e seu ministro da Economia, Fernando Haddad (PT) resolveram adotar medida populista e ridícula como ferramenta para conter a escalada da inflação, com tarifa zero para quem importar carne bovina, café e açúcar. Ora, o Brasil é o maior produtor de carnes, café e açúcar do mundo.
*Importamos, sim, carnes de países como os Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Austrália, Japão e Uruguai, mas só a chamada “premium”, com preço diferenciado e permitido para seleto público consumidor. E o café do tipo blend (altíssima qualidade). Resumindo, a tarifa zero terá efeito zero. Exceto os 35% sobre a importação de sardinhas que, aí sim, pode “quebrar” a indústria nacional.
*Um exemplo é Santa Catarina, com 90% do mercado nacional. E Itajaí, que tem a maior fábrica de sardinha em lata do mundo, com produção de sete mil toneladas/dia e que vai enfrentar forte concorrência internacional. *E que fará a Companhia Nacional de Abastecimento, cujo papel principal é a regulação de estoques de alimentos?
* “Os partidos não dão espaço para as mulheres crescerem partidariamente. Também não dão oportunidade para as mulheres serem carros-chefes de campanha”. O discurso, sem fazer exceções, é da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (PT). Pois o PT poderia dar exemplo, não é? Aliás, quantas mulheres estão à frente dos 38 ministérios de Lula da Silva (PT)? Oito (ainda), na maioria comandando pastas sem o menor brilho no contexto do governo.
Troca-troca no Planalto
foto Ricardo Stuicker-PR
O Centrão torceu o nariz, mas a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT/PR) assumiu ontem (10) a articulação política de Lula da Silva (PT) na Secretaria de Relações Institucionais. E Alexandre Padilha, que estava no cargo, o Ministério da Saúde, de onde a cientista social, socióloga, pesquisadora e professora universitária, Nísia Trindade Lima, foi defenestrada na semana passada. Porque relutava em tornar o ministério mais “político” conforme desejo de Lula. A fase atual do governo remonta não só à impopularidade da segunda metade do primeiro governo Dilma, mas também a elementos de sua escalação na Esplanada. Gleisi (Casa Civil) e Padilha (Ministério da Saúde) foram colegas no governo de Dilma Rousseff (PT), de 2011 a 2014. Na prática, a radical Gleisi deve arrumar algumas confusões. Na Saúde, sem esperança de (boas) mudanças.
Siga nosso canal no youtube também @JDVDigital
Notícias relacionadas
Coluna: O que querem as mulheres?
Mas afinal, o que querem as mulheres?! A pergunta pode parecer simples de ser respondida, mas a resposta é complexa e depende do contexto, porque cada mulher tem suas características e necessidades específicas. Mas basicamente, todas elas querem ser ouvidas, respeitadas e valorizadas nos ambientes em que estão inseridas. E…
Coluna: Escola Antonieta vandalizada. Até quando?
Essa semana recebi fotos da fachada da Escola de Ensino Fundamental Antonieta de Barros, em pleno Centro de Florianópolis, situação que se perpetua há 16 anos, quando foi fechada por falta de manutenção. Fui procurada justamente porque no dia 11 de fevereiro publiquei, nesta coluna, o conto “Entrevistando Antonieta”. Nesse…