Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Política e Políticos – É ver para crer
Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região
11/12/2024
Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br
Em novembro de 1999, o então prefeito Irineu Pasold (PSDB) anunciava que o Ministério dos Transportes (segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso) financiaria o desvio da malha ferroviária do Centro de Jaraguá do Sul. Com 30 quilômetros, do limite com Guaramirim (Bairro Centenário) até Nereu Ramos (em Jaraguá), a um custo de R$ 45 milhões. As obras começaram em 2002, mas foram embargadas por denúncia de superfaturamento, o que nunca foi comprovado. Passados 25 anos, eis que o DNIT lança edital para contratar estudos e projetos para a mesma obra. O trem, que respondeu pelo acelerado desenvolvimento da região no século 19, hoje é um estorvo. Aliás, é o principal obstáculo para qualquer plano consistente de mobilidade sempre presente nas propostas de candidatos a prefeito.
Política e Políticos – CURTAS
*O MDB repete ameaça já feita outras vezes e nunca cumprida: vai esperar até o começo de 2025 para dizer se fica ou não com Jorginho Mello (PL). O MDB já tem a secretaria da Infraestrutura e Agricultura, mas quer uma terceira secretaria (oferecida por Mello) importante politicamente para o presidente estadual, deputado Carlos Chiodini.
*Vez por outra o deputado Antidio Lunelli (MDB) é voz isolada na bancada do partido na Assembleia Legislativa, em críticas dirigidas à gestão pública (com alfinetadas no governo de Jorginho Mello) cobrando a necessidade urgente de modernização e eficiência na gestão pública.
*O deputado recusa a pasta do Meio Ambiente, cujo trabalho implica em decisões que podem refletir negativamente nas urnas e, ainda mais, a ‘incômoda’ vigilância cerrada de órgãos ambientais com desgastantes explicações e discussões. O impasse pode refletir na Assembleia Legislativa com uma certa má vontade na apreciação de projetos de interesse do governo.
*Na Câmara dos Deputados, Carlos Chiodini (MDB) está em alta. Se quiser, pode ser membro da futura Mesa Diretora da Casa se o colega Hugo Motta (Republicanos/PA) confirmar seu favoritismo para a presidência. Convite de Motta ele já tem.
*Passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa projeto do deputado suplente Maurício Peixer (PL) instituindo a obrigatoriedade do uso gratuito de pulseiras de identificação para crianças de até 12 anos. Em praias, praças e parques públicos e em eventos públicos. Medida preventiva para educar os pais e chamá-los à responsabilidade.
* “Foi-se um grande amigo, com 98 anos, mais de 57 anos presidente do Hospital da Vila, duas vezes intendente, uma pessoa que capitalizou tantas coisas boas”, disse o deputado Vicente Caropreso (PDB) sobre a morte de Hellmuth Danker, presidente, desde 1975, do Hospital Misericórdia de Vila Itoupava (Blumenau). E ex-intendente daquele distrito.
A Assembleia governa
Atual prefeito de Balneário Barra do Sul, Valdemar Baraúna da Rocha (PP) passa o cargo em janeiro para Ademar Borges (PSD). Ambos são pastores da Igreja Assembleia de Deus. Na Câmara, são nove vereadores, dos quais cinco pertencem à mesma igreja. O mais votado, Ruan Cunha (PSD), fez 478 votos, um resultado jamais alcançado antes por candidatos ao Legislativo. Barra do Sul tem oito endereços da Assembleia, com cerca de 1.800 membros inscritos. E pelo menos outras 18 igrejas de outros segmentos evangélicos. A força política evangélica é latente (e por isso cobiçada pelos governantes) no país. Segundo o Instituto de Estudos da Religião, dos 513 deputados federais eleitos em 2022, 76 eram evangélicos, que se misturam aos cristãos (83).
Política e Políticos – VIA BRASIL
*Agora vai. Propostas do governo contidas no “pacotão” da reforma tributária e que são votadas individualmente devem ser aprovadas ainda em dezembro. Portaria publicada pelo governo atropela decisão do ministro petista, Flavio Dino (que à Justiça Eleitoral já de declarou como sendo branco e negro) liberando R$ 6,4 bilhões de emendas parlamentares ainda em 2024.
*A Portaria com o carimbo dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Gestão e da Secretaria de Relações Institucionais libera o dinheiro represado por Dino desde agosto. O que causou uma gritaria geral, inclusive do PT, porque a verba é usada por deputados e senadores para apoios políticos em suas bases.
*A Reforma da Previdência Social aprovada em 2019 criou novas regras para a aposentadoria, mais rígidas a cada virada de ano. Em 2025, o sistema de pontos para se aposentar vai subir: 92 para as mulheres e 102 (pontos) para homens. O sistema soma a idade com os anos de contribuição ao INSS.
*Internado para se recuperar de uma cirurgia realizada na noite de segunda-feira (9), Lula da Silva (PT) decidiu não transferir o cargo para Geraldo Alckmin (PSB). Conforme a Constituição, é obrigatório transferir o cargo ao vice se houver “impedimento” (o que seria esse impedimento não está especificado).
Imposto da água pode subir
Governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Claudio Castro (Rio de Janeiro), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Walderei Barbosa (Tocantis) e Ronaldo Caiado (Goiás) assinam manifesto contrário a um reajuste de impostos sobre a conta de água, dos atuais 9,74% para 26,5%. É o que propõe o senador Eduardo Braga (MDB/AM), relator da Reforma Tributária no Senado. Às voltas com sérios problemas administrativos e financeiros na estatal Casan e, mais, com projeto de lei que assina tirando a autonomia dos municípios na gestão do saneamento básico, o governador Jorginho Mello (PL), prometedor de que não haverá aumento de impostos em seu governo, não assinou (ainda) a manifestação dos colegas.
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