Política e Políticos – Concessão do mercado

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

Enquanto o acanhado mercado público de Jaraguá do Sul passa por demorada reforma por ser um imóvel tombado pelo patrimônio histórico do município, em Joinville um projeto de lei do prefeito Adriano Silva (Novo) tramita na Câmara de Vereadores para concessão do mercado municipal à iniciativa privada. Com prazo de 25 anos e investimentos obrigatórios em reformas do imóvel. De fato, nada mais justifica que prefeituras desembolsem recursos com mercados públicos e rodoviárias (como Blumenau e Florianópolis já o fizeram), por exemplo. São espaços que exigem um mínimo de segurança, modernidade e conforto para quem os usa.

 

 

Política e Políticos – CURTAS

 

*Vice-prefeito João Pereira (PSDB) assume hoje (21) por dez dias a prefeitura de Jaraguá do Sul. Certos opositores torcem para que algo dê errado visto que Pereira nunca assumiu cargo público. Prefeito Jair Franzner (MDB) viaja com a família para Portugal.

 

*Inaugurado em 2007, no governo do ex-prefeito Moacir Antônio Bertoldi, o Portal Germânico Heinz Bartel, de Rio Cerro 2 (no caminho de Jaraguá do Sul para Pomerode), continua desocupado. Afora alguma manutenção vez por outra, nunca teve serventia para nada.

 

*Em dois pisos no estilo enxaimel, são 107 metros quadrados a custo (em valores da época) de R$ 243 mil. Recursos do Ministério do Turismo e mais 10% como contrapartida do município. No Brasil, obras públicas abandonadas não é novidade. Tem aos montes.

 

*No embalo de decisão do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo que as guardas municipais podem fazer policiamento ostensivo, a Câmara de Jaraguá do Sul está oficiando apelo ao governo estadual e Assembleia Legislativa para repasse de recursos públicos aos municípios que tenham ou que querem criar esse modelo de segurança pública.

 

*Se é desejo de Jaraguá do Sul ter uma guarda municipal (a Câmara de São Paulo capital aprovou a mudança), como sugere moção assinada pelos vereadores Luís Fernando Almeida (MDB), Israel Cani (PL), Charles Salvador (PSDB), Delegado Mioto (União Brasil), Natália Lucia Petry (MDB), Osmair Luiz Gadotti (MDB) e Fernando Alflen (PL), não se sabe.

 

*O que se sabe é que no governo do prefeito Moacir Bertoldi, que até criou uma secretaria municipal da segurança pública, a guarda foi rechaçada em movimento liderado pela Associação Empresarial durante audiência pública. Sob argumento de custos para a sociedade. Também se sabe que não houve consulta pública até agora para sustentar a nova proposta.

 

O vai não vai do MDB

Do deputado Mauro de Nadal (MDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa, em entrevista ao jornalista Adelor Lessa, da Rádio Som Maior de Criciúma, sobre a eleição para governador em 2026: ““Hoje temos esse quadro (do MDB no governo de Jorginho Mello) sendo desenhado. Mas é um quadro que pode ter alterações, não tenho dúvida. Ainda vai passar por muitas conversas até o momento de definições das candidaturas. O posicionamento do MDB vai depender de gestos. Talvez do PP, ou parte dele, e até do PSD, que amanhã (22) lança a pré-candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues ”. De Nadal, diga-se, é voz discordante sobre uma aliança do MDB à reeleição de Mello e defensor de candidatura própria do partido. Um sonho que ele mesmo acalenta.

 

 

Política e Políticos – VIA BRASIL

 

*A viagem que Lula da Silva (PT) faria a Itajaí ontem (20), para, segundo ele, “fazer o porto andar”, foi cancelada pelo Palácio do Planalto.

 

* A federalização do porto, até então municipalizado, teve o dedo de Décio Lima, presidente estadual do partido, do Sebrae Nacional e compadre de Lula.

 

*Em Itajaí, o PT sequer lançou candidato a prefeito, o MDB aliado (no plano federal) fez papel ridículo com o deputado federal Carlos Chiodini., Robison Coelho (PL) venceu a disputa com muita folga.

 

*Enquanto isso, para “participar de eventos”, a primeira dama Rosângela, sem nenhuma função no governo, foi para Tókio, no Japão, na terça-feira (18). Para lá também vai o marido Lula, no dia 24. Ambos também visitam Hanói, na República Socialista do Vietnã.

 

 

Sobre Campos e Galípolo

Lula sobre o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos: “Acho que ele teve um comportamento anti-Brasil no Banco Central. Ele foi se comprometendo e aumentando a taxa de juros”. Lula em junho de 2024: “a taxa de juros é irreal para uma inflação de 4%. Isso vai melhorar quando eu puder indicar o presidente do Banco Central”. Ele indicou Gabriel Galípollo, “o melhor presidente que o Banco Central já teve”. Na segunda-feira (19) o BC decidiu, inclusive com o voto de Galípollo, aumentar a taxa básica da economia (Selic) em mais 1,0 ponto percentual, para 14,25% ao ano, o maior patamar desde outubro de 2016. E com mais uma alta já prevista para maio. Agora, sem comentários de Silva.

 

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