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Política e Políticos – Guerra à dengue

Política e Políticos – Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

03/07/2024

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

Com a inauguração da primeira biofábrica de Santa Catarina do Método Wolbachia, Joinville passa a produzir mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria wolbachia. Presente em 60% dos insetos da natureza, essa bactéria não causa danos às pessoas, mas impede que os vírus, não só da dengue, mas de zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam nos insetos.

 

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Os primeiros wolbitos (mosquitos modificados geneticamente) começam a ser soltos no início de agosto. E vão se reproduzir com os Aedes aegypti locais. Aos poucos, uma nova população de mosquitos que não transmitem dengue e outras doenças vai se formar. Essa tecnologia foi desenvolvida na Austrália, com redução de 96% nos casos de dengue no país. Só em 2024 já são 64 mortes por dengue em Joinville, com 71 mil casos confirmados.

 

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

CURTAS

 

*Pouco mais de um ano como presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, João Paulo Kleinübing, ex-deputado federal e ex-prefeito de Blumenau, passa a comandar a diretoria financeira da instituição. Para onde foi nomeado por Jorginho Mello (PL), que o levou para o PL.

 

*Não está descartada nova greve na rede estadual de ensino. O sindicato que representa a categoria avisa que não aceita proposta do governo para reajuste salarial de 2,5% ainda em 2024 e outros 2,5% no ano que vem. Na greve de maio, que durou 15 dias, a categoria deu prazo de 60 dias para que o governo apresente “propostas decentes”.

 

*Deputados estaduais aprovaram projeto do colega Jessé Lopes (PL) propondo multa de um salário mínimo para quem for flagrado portando ou consumindo drogas em locais públicos fechados ou abertos, incluindo ruas e parques. Na contramão, o STF liberou até 40 gramas de maconha. Sem qualquer restrição. Mas a pergunta é: quem vai fiscalizar e multar?

 

*Semana que vem o deputado Mauro de Nadal, já na condição de governador interino, vai a Brasília com deputados da Frente Parlamentar da Assembleia Legislativa, para uma conversa com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).

 

*Renan prometeu devolver em obras aqueles R$ 450 milhões liberados pelo ex-governador Carlos Moisés (Republicanos), com autorização da Assembleia, diga-se, e elogios de Nadal à iniciativa. Mas o PL e o governador Jorginho querem o repasse direto para o estado usar o dinheiro como achar melhor. Ou abater o montante da dívida de SC com a União.

 

*A partir de agosto, bombeiros voluntários encerram as atividades de vistoria fiscalização de normas contra incêndios, cumprindo prazo determinado no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal. O serviço que passa a ser atribuição exclusiva dos bombeiros militares. Mas, entre outras coisas, os voluntários seguem fazendo resgates e combatendo a incêndios.

 

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De olho em 2026?

 

Na condição de governador interino a partir de domingo (7), o deputado Mauro de Nadal (MDB) vai liberar R$ 30 milhões do orçamento da Assembleia Legislativa, que ele preside, para obras regionais. Cada região terá R$ 5 milhões do bolo total. Até dia 14, Nadal governa por conta de viagem de Jorginho Mello (PL) a Portugal.

 

 

E, também, pela ausência da vice, Marilisa Bohem (PL), para quem arranjaram uma “missão administrativa” no Uruguai. Para formalizar os repasses, o governador interino abriu ontem (3) uma série de viagens pelo estado. Ele é visto por lideranças do partido como nome viável do MDB para governador em 2026. Mas isso obriga a um desembarque geral do governo de Jorginho Mello (PL), candidatíssimo a reeleição.

 

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

VIA BRASIL

 

*Câmara dos Deputados analisa projeto do ex-deputado Jones Moura (PSD/RJ) que transforma as atuais guardas municipais, como as que existem em Florianópolis, Joinville, Blumenau e Balneário Camboriú, por exemplo, em instituições policiais, como órgãos de segurança pública.

 

*Não fariam apenas o policiamento preventivo de proteção ao patrimônio público municipal, mas também de segurança à população. Teriam direito a aposentadorias iguais às dos servidores públicos da ativa. Com 30 anos de contribuição (homens) e 25 (mulheres).

 

*O Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que, em 2022, havia no Brasil 1.467 guardas municipais estruturadas, com um efetivo de 95.175 profissionais. Jones, evangélico, 50 anos, não por coincidência é guarda municipal no Rio de Janeiro, legislando em causa própria.

 

*Lula da Silva (PT) defende maior participação do governo federal na segurança pública dos estados. Como prevê a proposta de emenda à Constituição sugerida pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Será que estão reinventando a roda? Ou vem mais imposto por aí?

 

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Zema pensa em Brasília

 

“Nós, governadores de centro-direita, temos conversado muito e no que depender de mim estarei apoiando o nome que o grupo vier analisar como o mais viável. Se for o meu, serei candidato”. O discurso é do governador de Minas Geais, Romeu Zema (Novo), eleito em 2018 e reeleito em 2022, sobre a próxima eleição presidencial, em 2026.

 

 

“Quero ajudar o Brasil. Para mim, não faz diferença varrer as ruas de Brasília ou ser candidato a presidente”, disse. Isso soa mais como um ânimo às candidaturas municipais do partido que outra coisa. Zema, 59 anos, está longe de ser um nome nacionalizado, porém, quando se candidatou a presidente da República, Fernando Collor de Mello, então com 40 anos e governador de Alagoas, também era um ilustre desconhecido para o Brasil.

 

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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