Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Política e Políticos – No dia da eleição…
Política e Políticos – Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense
26/09/2024
Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br
É preciso saber algumas coisas que são permitidas e proibidas no dia da eleição, em 6 de outubro, mas que se vê com frequência. Por exemplo, no dia da votação é permitido que o eleitor manifeste sua preferência por determinado candidato ou partido. Desde que silenciosa, sem aglomerações.
Aliás, são proibidas as aglomerações de pessoas com roupas ou propaganda que identifiquem partido ou candidato, abordagem e distribuição de camisetas. Nas seções eleitorais e juntas apuradoras, mesários e escrutinadores são proibidos de usar ou portar objetos com propaganda de candidatos ou partidos. Na urna é proibido portar celular, máquina fotográfica e filmadora. Depois, não adianta se queixar para o bispo.
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CURTAS
*Em 20 anos, Santa Catarina elegeu apenas 26 mulheres como prefeitas. Em colégios eleitorais importantes, apenas em São José, com Adeliana Dal Pont, em 2012 e 2016, pelo PSD. E que agora tenta um terceiro mandato pelo PL. Mesmo assim, SC está à frente do Rio Grande do Sul, que elegeu apenas 20 prefeitas no mesmo período.
*Câmara de Jaraguá do Sul está propondo à prefeitura a criação da Casa da Cidadania, juntando o Procon, emissão de identidade, Junta Militar, certidões e carteiras de autistas, entre outros serviços. Uma estrutura anunciada no distante governo de Cecília Konell (2009/2012), com posto avançado junto ao pórtico germânico do Rio Cerro II. Nada saiu do papel.
*Em Santa Catarina, 515.587 eleitores com idades que desobriga ao voto (mais de 70 anos), estão aptos para isso, segundo o Tribunal Regional Eleitoral. Isso corresponde a 9,15% de eleitorado que pode ir às urnas em 6 de outubro. Em todo o país são 14 milhões de votos.
* A Associação de Praças pressiona Jorginho Mello (PL) sobre promessa de campanha para repor o benefício do “grau acima”: quem se aposenta ganha uma patente superior, ou seja, um salário maior, cortado pelo ex-governador Carlos Moisés (Republicanos). Que se aposentou em 2016 como bombeiro militar na patente de coronel, um “grau acima” do posto de tenente-coronel.
*Em Chapecó, onde o PL não tem candidato a prefeito, há queixas de que alguns privilegiados levaram a maior parte do bolo de recursos para financiar candidaturas a vereador, enquanto outros são tratados a pão e água. Nenhuma novidade nisso. É prática vigente desde sempre. Os partidos selecionam os que têm chances e neles investem. O resto é boi de piranha.
*É claro que adversários não admitem, mas pela a sinalização de pesquisas divulgadas até agora, não haverá segundo turno em Joinville, Florianópolis e Blumenau, as três únicas cidades catarinenses onde isso pode ocorrer porque têm mais de 200 mil eleitores.
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Jorginho e Rodrigues
Governador Jorginho Mello (PL) e João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó, se apresentam ao eleitorado como bolsonaristas. Aliás, ambos mantêm com Jair Bolsonaro laços de amizade pessoal. Mas, na prática e salvo melhor juízo, está evidenciado que PL e PSD, como ocorre nestas eleições municipais, serão adversários ferrenhos na disputa pelo governo do estado em 2026.
Não é à toa que ambos se engajaram, de corpo e alma, na disputa pelo comando das prefeituras. Paralelamente e é notório, Jorginho, sonhando com a reeleição, e Rodrigues, que acalenta desde sempre sonha em governar um estado admirado país afora, estão em campanha. Já disse (dizem que) Charles Darwin, sobre a evolução das espécies: “quem viver, verá”.
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VIA BRASIL
*Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe validou a candidatura de Danilo Dias Sampaio (PT) para prefeito do município de Barra dos Coqueiros, antes impugnada na 2ª zona eleitoral. Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral, Danilo do Lula, como é conhecido, vive em situação estável com Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha de Lula da Silva (PT).
*Parentes em até segundo grau do presidente, governador ou prefeito são inelegíveis, diz a Constituição. Exceto se eleitos antes do parentesco e em disputa pela reeleição. A relação de Danilo e Lurian é bastante divulgada em redes sociais como um casal que vive junto. Mas o juiz Breno Bergson Santos entendeu tratar-se apenas de um “namoro qualificado”.
*A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados antecipa movimentos de olho nas eleições de 2026, em resumo, numa possível reeleição de Lula da Silva (PT). Fontes do Planalto e do União Brasil confirmaram que o partido ofereceu ao governo aliança nacional para 2026 em troca de apoio ao líder da bancada na Câmara, Elmar Nascimento (União Brasil). É o toma lá, dá cá sem escrúpulos, como se fosse um artigo da Constituição a ser cumprido.
*Em 2025 a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) deixa a presidência nacional do PT, mas Lula da Silva (PT) já avalia dar a ela um ministério. Cogita-se ser o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, responsável pelo Bolsa Família e que tem Wellington Dias, também do PT, no comando. Mateus, primeiro os meus.
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Sem transfusões de sangue
Por unanimidade, os onze ministros do Supremo Tribunal Federal decidiriam que testemunhas de Jeová têm o direito, por questões religiosas, de recusar tratamentos médicos que envolvam transfusão de sangue baseado nos princípios constitucionais da “dignidade da pessoa humana e a da liberdade de religião”. Essa religião cristã afirma ter cerca de 8,8 milhões de adeptos no mundo, com pregação em 239 países. A explicação para a recusa à transfusão, segundo a religião, está amparada tanto no Novo quanto no Velho Testamento. “Deus manda abstenção de sangue porque ele representa a vida, que é algo sagrado”. Pelo sim, pelo não, ao menos o STF livrou médicos contrários a essa prática de questionamentos na Justiça.
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