Política e Políticos – Armas para as polícias

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

De autoria do ex-deputado e delegado, Egidio Ferrari (PL),atual prefeito de Blumenau, está em vigor lei estadual sancionada pelo governador Jorginho Mello (PL), que permite o repasse de armas de fogo e munições apreendidas em operações das polícias Civil e Militar às próprias forças de segurança do Estado. Desde 2023, a Câmara dos Deputados analisa projeto de lei do Senado com a mesma proposição: as armas, após o laudo pericial e quando não mais interessarem ao processo de investigação, apuração e julgamento, serão encaminhadas ao Exército. Depois, atestado o pleno funcionamento delas, em até 48 horas serão repassadas às Forças Armadas e aos órgãos de segurança pública. O crime organizado, não raro, é mais bem armado que as polícias.

Política e Políticos – CURTAS

*Mesmo com seis deputados, o Norte terá apenas uma cadeira na nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa que comandará a Casa em 2025 e 2026: é Fernando Krelling (MDB/Joinville). Do Norte de SC e até hoje, o gaúcho Pedro Colin, filiado à Arena, partido que apoiava os governos militares, foi o único presidente da Alesc. Eleito em 1970.

*Comprovando sua capacidade para “costuras políticas”, mesmo com partidos ideologicamente adversos, o deputado Júlio Garcia (PSD) levou 38 dos 40 votos possíveis e assume a Assembleia pela quarta vez. Antes, em 2005/2006, 2007/2008, e 2019/2020. A Mesa é eclética e tem até PT e PL sentados lado a lado.

*Foi quase que uma aclamação. As duas ausências na votação de sábado (1º) foram de Antidio Lunelli (MDB), em férias na Europa com a família, e Ivan Naatz (PL), que vai se licenciar para disputar vaga de desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Naatz é líder do governo e ausentou-se para não se expor com voto em Garcia.

*Mas Lunelli e Naatz enviaram cumprimentos a Júlio Garcia (PSD), que levou todos os votos das bancadas do MDB e do PL. Uma rasteira dupla em Jorginho Mello (PL). Garcia é cabo eleitoral declarado do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), para governador.

* Agora é ver se Mello ainda quer o MDB em seu governo, como pretendia até então, oferecendo secretarias como moeda de troca, mas que, politicamente sem expressão, os deputados Carlos Chiodini e Antidio Lunelli rejeitaram.

*Em Brasília, o deputado federal Carlos Chiodini (MDB), também em férias pela Europa, não entrou na disputa por uma vice-presidência da Câmara dos Deputados, como se especulava. Agora, consta, ele trabalha pela presidência da poderosa Comissão de Orçamento da Câmara.

Nem tudo é o que se vê

divulgação

Egídio Ferrari (PL), prefeito de Blumenau, decretou “aperto” geral nos gastos para tentar conter rombo de R$ 327 milhões deixado pelo ex-prefeito, Mário Hildebrandt, agora secretário da Defesa Civil estadual. O corte de gastos inclui credores, renegociação de preços em contratos já firmados, reavaliações de licitações em curso e de espaços físicos alugados, revisão de gastos com horas extras, uso de veículos oficiais, combustíveis, diárias, passagens aéreas e etecetera. Ferrari e o cordial Hildebrandt (um quase ausente na campanha de Ferrari) não se bicam e não é de agora.

Política e Políticos – VIA BRASIL

*Alegando alta do dólar, escassez de aeronaves e ajustes na rentabilidade das operações, a Azul Linhas Aéreas vai deixar Santa Catarina “na mão”. E já suspendeu operações nos aeroportos de Jaguaruna (Sul) e Correia Pinto (região de Lages). Isso afeta cerca de 20 destinos pelo país.

*Agora, a secretaria estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina corre atrás de empresas como a Gol e Latam para cubram os roteiros suspensos pela Azul. Que também impacta no transporte de mercadorias dos comércios regionais.

*Servidora de carreira e depois de cumprir seu mandato de quatro anos, é possível que a prefeita de Lages, Carmem Zanotto (Podemos), reassuma a secretaria estadual da Saúde, em 2028, numa eventual reeleição de Jorginho Mello (PL). Zanotto é servidora de carreira como enfermeira.

*Santa Catarina não tem ninguém ocupando uma das cadeiras das novas mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado. Temos, somados, 16 deputados federais e três senadores. A força da nossa representação federal continua a mesma, é quase um zero à esquerda.

E segue o baile!

Desde sábado (1º) os salários de Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), dos ministros do governo, dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal,

dos 513 deputados federais e 81 senadores, e do procurador-geral da República, valem R$ 46.366,19. Ou 30,55 salários mínimos. Sem contar gastos sem limite com cartões coorporativos, planos de saúde e odontológicos, enfim. Ao aprovarem o próprio aumento (e de outras instâncias também) parlamentares alegaram defasagem de 60%com a inflação acumulada desde 2014. Nenhuma voz catarina se ouviu contra essa sanha incontida por dinheiro. Isso faz lembrar o prometido “salário digno” na campanha de 2022. E que, em 2025, teve reajuste de R$ 106,00 brutos. Sobre isso, 7,5% para o INSS.

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