Política e Políticos – A Fiesc reage

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

“A decisão é injusta e surpreendente, dada a relevante contribuição catarinense ao país. Não se está levando em conta o elevado envio de impostos a Brasília”. A manifestação é da Federação das Indústrias de Santa Catarina sobre corte de R$ 400 milhões (Política&Políticos 27/03) em recursos da União para o setor. O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, alerta para uma imediata mobilização política. E não só, diga-se, sobre os gigantescos problemas de logística e de mobilidade na BR- 101 Norte como se vê. “Também é essencial que os nossos parlamentares complementem o valor orçado com recursos das emendas individuais e coletivas”, observa Aguiar. E é aí que a coisa pega. Ano que vem tem eleição. Emendas são usadas para a política de varejo com as prefeituras e instituições, o toma lá, dá cá. Vai daí…

 

Política e Políticos – CURTAS

 

*Ainda sobre o corte de R$ 400 milhões de verbas do governo para obras em rodovias federais de Santa Catarina: a duplicação da BR-280, de São Chico a Jaraguá do Sul, sofrerá uma desaceleração de 50%, A previsão, bom que se diga, é do DNIT.

 

* Se tudo já andava devagar quase parando, com trechos onde as obras não andaram um metro nos últimos dois anos, agora o governo deu uma marcha à ré. E todo o resto é conversa fiada de políticos governistas.

 

*Quem tem memória sabe como aconteceu a conclusão (das pistas principais, diga-se) da duplicação do trecho Norte da BR-101 no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). E não foi por obra e graça de políticos, sempre muito interessados em sair na foto.

 

*Ao contrário, foram mais de um milhão de assinaturas de populares levadas à mesa do presidente Cardoso. À época, a BR-101 já era um caos, como é hoje. O trecho entre Garuva e Palhoça suportava 7 mil veículos/dia, mas por ela já passavam 30 mil.

 

*O governo de Itamar Franco iniciou a duplicação do trecho Norte da 101 em 1993, e o governo de FHC a concluiu em 2003. No trecho Sul (Palhoça a Passos de Torres) não foi diferente: começou em 2005 (Lula da Silva) e terminou em 2018 (Michel Temer).

 

*Aliás e para concluir, perguntar não ofende: por onde anda a tal comissão da Assembleia Legislativa, presidida (quando criada) pelo deputado Mauricio Peixer (PL), para fiscalizar e cobrar as obras de duplicação da BR-280? Alguém sabe? Alguém viu?

 

 

 

 

 

 

Política e Políticos – VIA BRASIL

 

*Hugo Motta (Republicanos/PB), presidente da Câmara dos Deputados, foi com Lula da Silva (PT) para o Japão. Vão acertar os ponteiros para encaminhar a aprovação das mudanças no Imposto de Renda do jeito que o governo quer. É a promiscuidade histórica entre os poderes.

 

*A proposta do governo precisa passar pelas comissões de Economia, Constituição e Justiça, Trabalho, Indústria Comércio e Serviço e Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Exceto as do Trabalho e Finanças, a oposição domina as outras comissões.

 

*O que o governo não quer é que aumentem o limite de isenção do Imposto de Renda além do proposto de até cinco salários mínimos, o que provocará um rombo de R$ 27 bilhões que serão retirados de faixas salariais mais altas. Entre os deputados de oposição nas comissões, a ideia é subir para até R$ 10 mil.

 

*Em Brasília são frequentes os lautos jantares reunindo autoridades do Judiciário, as mesmas que julgam parlamentares corruptos, que nestes eventos representam o Congresso Nacional, e gente do poder Executivo. Sem qualquer constrangimento.

 

 

Mais um para presidente

Governador reeleito do Paraná, Ratinho Junior (PSD) disse na quarta-feira (26) a empresários de Pernambuco que, se o partido decidir, ele disputará a presidência da República em 2026. “O PSD se tornou um dos maiores partidos do Brasil e tem quadros fantásticos. Sou um deles e estou à disposição”, declarou Ratinho. Sobre o PSD ter três ministérios no governo de Lula da Silva (PT), disse defender uma postura de independência do seu partido (no Paraná) em relação ao governo federal. Outros nomes especulam Ronaldo Caiado (União Brasil/Goiás) e Romeu Zema (Novo/MG), também reeleitos em 2022.

 

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