Política e Políticos – A Celesc pública

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

Em uma sessão acompanhada por centenas de funcionários da Celesc, que lotaram as galerias da Assembleia Legislativa, o deputado Vicente Caropreso (PSDB) saiu em defesa da empresa como pública. “A Celesc é a única empresa pública de energia do Brasil, possui a segunda menor tarifa do país e apresenta o melhor tempo de resposta do setor. E tem gente achando que vamos deixar engolir? Não vamos, não!”, disse o parlamentar. Citando o plano de investimentos da estatal, de R$ 4,5 bilhões, dos quais R$ 2,2 bilhões já foram aplicados. Mas cobrou urgência na solução de problemas com a mudança do sistema comercial, gerando dificuldades aos consumidores desde maio de 2024. Embora seja promessa de campanha do governador Jorginho Mello (PL) aos funcionários da estatal, vez por outra correm rumores de que a Celesc será privatizada.

 

 

Política e Políticos – CURTAS

 

*Beneficiando 35 mil agricultores e pescadores artesanais, o governo do Estado vai investir R$ 258,5 milhões em ações de apoio direto aos produtores. Em parceria com a Epagri e Cidasc, órgãos subordinados à secretaria estadual da Agricultura.

 

*Incluindo a captação de R$ 760 milhões em bancos e cooperativas para financiar cerca de 15 mil projetos de crédito. O investimento (28% a mais que em 2024) também tem claras nuances políticas. O deputado Carlos Chiodini (MDB/Itajaí) assume a pasta da Agricultura amanhã (5).

 

Desde janeiro de 2023, o titular da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural é o ex-deputado federal Valdir Colatto (PL/Xanxerê), que já foi filiado ao MDB. No governo de Jair Bolsonaro, Colatto exerceu o cargo de Chefe do Serviço Florestal Brasileiro.

 

*Na vaga do deputado federal Chiodini assume o primeiro suplente, Luiz Fernando Vampiro (MDB/Criciúma), que foi secretário estadual da Educação no governo de Carlos Moisés (ex-Republicanos) e da Infraestrutura de Raimundo Colombo (PSD).

 

*Entre as 14.156 salas de aula na rede pública estadual de Santa Catarina, 5.146 têm ar condicionado (ou 36,32%). Na rede municipal (não há informações sobre o número de salas), o índice é de 77,92%. Detalhe: os dados são do Censo Escolar de 2023.

 

*Estados como Rondônia, Tocantins, Acre, Alagoas, Maranhão, Amapá, Roraima e Piauí, bem mais pobres, estão à frente de Santa Catarina quando o assunto é ar condicionado nas escolas. E todo o resto é conversa fiada, desleixo, omissão, má gestão…

 

Quem resolve?

Deputado Maurício Peixer (PL) criticou o serviço prestado por empresas de telefonia que atuam em Santa Catarina, dizendo que ao longo dos anos tem percebido a redução do sinal de telefone e internet em vários pontos do Estado. No Norte, entre Joinville e Florianópolis, e entre Jaraguá do Sul e Corupá. E também, diga-se, de Guaramirim a Massaranduba. Não é novidade, sempre foi assim, não há fiscalização e as empresas autorizadas (três) se fazem de surdas. Um legítimo deboche. Debocham dos usuários, dos governos, dos políticos… Vez por outra, alguém ressuscita o assunto, que há décadas persiste com os chamados “pontos de sombra”. Mas até hoje, só discurso.

 

 

Política e Políticos – VIA BRASIL

 

*Gleise Hoffman, deputada federal e presidente nacional do PT, virou ministra. Da Secretaria de Relações Institucionais, o calcanhar de Aquiles de qualquer governo nas tratativas não só com o Congresso Nacional onde impera o toma lá, dá cá como verdadeira instituição.

 

*O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), em ato monocrático, aumentou a cota que os senadores (são 81, três por estado) têm para gastar com viagens, propaganda e etecetera. Agora, o limite médio/mês para cada um é de R$ 46.402,62. Pago com dinheiro de impostos, é variável. A maior cota é de R$ 52.798,82 para senadores do Amazonas.

 

*Esperidião Amin (PP), Ivete Appel da Silveira (MDB) e Jorge Seif (PL), de SC, estão na cota de R$ 45.671,58. Fora o salário de R$ 46 mil. Tem mais: a cada três dias trabalhado, servidores do Senado terão direito a um dia de folga (limite de 20 dias). Remunerado, é claro. São 6.003 funcionários, dos quais 3.814 comissionados, 2.123 efetivos e outros 66 requisitados.

 

*Senador também tem “direito” a assessores até 50 assessores pessoais de livre escolha, verba de gabinete, auxílio-moradia, previdência social especial, pensão vitalícia, foro privilegiado e plano de saúde vitalício (mesmo depois do mandato) extensivo a familiares. E segue o baile!

 

 

Ovos sem carimbo

Depois da péssima repercussão popular, o Ministério da Agricultura resolveu “aprofundar o debate com a sociedade civil e o setor produtivo sobre a conveniência” de uma portaria a vigorar em março exigindo data de validade em cada ovo comercializado no varejo. Isso implicaria em altos investimentos em tecnologia, prejudicando pequenos produtores. Porém, beneficiando diretamente grandes produtores, como os irmãos Batista, sócios da maior empresa do ramo na América Latina e íntimos de Lula da Silva (desde seu segundo mandato) e do PT. Mas, o recuo do ministério só se deu porque a credibilidade do governo, quase ao “rés do chão”, caiu ainda mais, com o preço dos ovos nas alturas.

 

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