Enquente – POLÊMICA! Fim da Moeda Brasileira? Brasil e Argentina planejam moeda comum na América Latina
Luiz Inácio Lula da Silva se reúnem com o presidente argentino, Alberto Fernández, e retomam uma importante ideia de negócio
24/01/2023
O Brasil e a Argentina discutem uma nova possibilidade e, desta vez, não é no mundo do futebol. Trata-se da intenção de formar uma moeda comum para transações financeiras e comerciais. Pelo menos é o que indica um artigo coescrito pelos presidentes dos países, Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández, no jornal argentino Perfil. A aliança, por sua vez, marca o “relançamento de uma aliança estratégica”. Porém, uma dúvida passou a ser comum entre os brasileiros: afinal, seria esse o fim da moeda brasileira? Acompanhe!
Antes de mais nada, é importante destacar que essa é uma intenção antiga. Os dois países estudaram fundir suas moedas por décadas, com o intuito de conter a influência do dólar na região. No entanto, ambos enfrentaram obstáculos políticos e econômicos para a ideia. A proposta mais recente volta a discussão num momento em que a Argentina enfrenta uma alta inflação. No Brasil, por outro lado, a economia deve registrar um ligeiro crescimento, abaixo de 1% em 2023, segundo projeção do Banco Central.
União Brasil e Argentina representaria o FIM da moeda brasileira?
Em primeiro lugar, vale mencionar que o afinamento de política econômica entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alberto Fernández e outros líderes nacionais da região pode ajudar pôr em prática a ideia, logo em um momento em que a economia global busca diminuir a sua dependência do dólar dos Estados Unidos.
A saber, a proposta foi divulgada um dia antes da realização da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A edição marcou o retorno do Brasil ao grupo formado por mais de 30 países do continente.
Os dois países são as maiores economias da América do Sul e juntas correspondem a mais de 40% do PIB região. A nova moeda comum, batizada de “Sur”, iria funcionar em paralelo com o real brasileiro e o peso argentino, sobretudo nos fluxos financeiros e comerciais. E, além disso, outros países da região seriam convidados a aderir em um momento posterior. Ou seja, esse não seria o fim do Real (R$).
Já o Uruguai e o Paraguai, por fazerem parte do Mercosul, possivelmente entrariam no plano. Outras grandes economias regionais, como por exemplo a Venezuela, Colômbia e Chile podem aderir ao movimento. A entrada do México no projeto é menos provável, mas não descartada. Juntas, essas nações respondem por outros 40% da produção da riqueza na América Latina.
Acordos com a União Europeia
Por fim, não custa lembrar que a União Europeia (UE) tem acordos de livre comércio com vários países da América Latina, incluindo o Mercosul. Embora muitos não saibam, a aliança entre a UE e a América Latina continua a ser importante para ambas as partes. E, em resumo, acontece com objetivo de aumentar a cooperação econômica e política para o desenvolvimento econômico e social sustentável.
No entanto, um acordo bilateral entre os dois blocos econômicos estava parado por conta da preocupação europeia com a questão ambiental no Brasil. Com o novo posicionamento do Governo Federal, liderado por Lula, e a recriação do Fundo da Amazônia, esses obstáculos parecem ter sido removidos.
Conteúdo original publicado por PRONATEC
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