Tecnologia

Pesquisador brasileiro ganha prêmio por criar biofertilizante 100% sustentável

O professor é um dos fundadores da Krilltech, empresa especializada em nanotecnologia do ramo do agronegócio (AgTech)

11/11/2022

Há dez anos, o professor do Instituto de Química (IQ) da Universidade de Brasília (UnB), Brenno Amaro, dedica-se a pesquisas com materiais nanométricos. Entre seus projetos de destaque, está o voltado à produção da arbolina, uma nanopartícula com efeito bioestimulante e biofertilizante que aumenta a produtividade nas lavouras. A tecnologia foi desenvolvida nos laboratórios da UnB e validada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O professor é um dos fundadores da Krilltech, empresa especializada em nanotecnologia do ramo do agronegócio (AgTech) que aposta na arbolina como biofertilizante do futuro.

O produto 100% brasileiro é puro, atóxico, não bioacumulável e luminescente, capaz de aumentar a produção em até 40% e enriquecer a qualidade nutricional do alimento.

“O biofertilizante é composto por carbono orgânico, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio. É basicamente o que a planta precisa. Ele é ‘bio’ porque é atóxico, feito de material produzido na natureza. E é sustentável, portanto, não gera resíduos sólidos e nem líquidos na produção”, explicou Amaro em entrevista ao Conexão Planeta.

Em 2021, o professor foi escolhido para receber o Prêmio da Sociedade Brasileira de Química de Inovação Fernando Galembeck. O prêmio homenageia a competência e a capacidade inovadora e reconhece a atuação dos pesquisadores na ciência e tecnologia nacionais.

“Trata-se de mais uma grande oportunidade de mostrar à sociedade a importância do estímulo e do investimento na pesquisa e na inovação que, em sua esmagadora maioria, no Brasil, são realizadas dentro das universidades públicas”, disse Marcos Juliano Prauchner, diretor do Instituto de Química da UnB.

Conteúdo original publicado por CicloVivo

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