Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.
Paralimpíadas: Gabrielzinho cumpre promessa e ganha terceiro ouro em Paris
Carol Santiago vence os 50m livre S13 e se torna a maior medalhista de ouro do Brasil; Claudiney Batista quebra recorde e leva o tri no lançamento do disco
02/09/2024
Fonte: GE
Missão dada é missão cumprida, Gabriel Araujo conquistou, nesta segunda-feira (2), o terceiro ouro dele nos Jogos Paralímpicos de Paris, ao vencer os 200m livre da classe S2. Mais uma vez amassou, como gosta de dizer, os adversários e terminou com o tempo de 3min58s92, bem à frente do russo Vladimir Danilenko, com 4min14s16, e o bronze com o chileno Alberto Diaz, com 4min22s18. Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física. Ele usou uma tática diferente, já que a prova é nado livre.
Os primeiros metros foram de crawl, com a barriga para baixo, depois fez 50 metros de costas, e terminou de novo no crawl. Logo nos primeiros metros, já disparou na frente e estava claro que viria para o ouro. Nos primeiros 50 metros, já passou 2s39 na frente no segundo colocado. A cada 50 metros colocou mais vantagem do restante, até fechar com mais de 15 segundos de frente. Assim, Gabriel chega a seis medalhas paralímpicas na carreira. Em Tóquio 2021, conquistou dois ouros, 200m livre e 100m costas, e uma prata, 50m costas, enquanto nesta edição de Paris “varreu” as medalhas e foi campeão das três provas.
Já a brasileira Carolina Santiago conquistou, nesta sexta-feira (2), a medalha de ouro nos 50m livre da classe S13 das Paralimpíadas. Ela terminou a prova com o tempo de 26s75 e se tornou a maior campeã da história do Brasil na competição, entre todas as modalidades. A americana Gia Pergoline, da classe S13, foi prata com 27s51. O bronze com a italiana Carlotta Gilli, com 27s60. “Essa é minha prova paralímpica, a gente estava bem preparada. Ainda bem, porque eu fiquei muito nervosa antes de entrar aqui. Eu só queria fazer minha melhor natação e acho que poucas vezes nadei tão bem assim”, afirmou Carol.
Vale lembrar que a medalha de Carol veio na classe S13, para as atletas que tem um grau menor de deficiência visual do que ela, que costuma competir na S12. A questão é que os 50m livre não tem na classe S12 em Olimpíadas, o que fez com que a brasileira precisasse competir com rivais com visão melhor que a sua. Ainda assim, conquistou o ouro. Com o resultado, Carol chega a cinco ouros na carreira e se torna a mulher brasileira com mais títulos paralímpicos. Ela deixou para trás a velocista Ádria dos Santos, do atletismo, que foi ao lugar mais alto do pódio quatro vezes entre 1992 e 2004.
A pernambucana conquistou três ouros nos Jogos de Tóquio, em 2021: 50m e 100m livre, além dos 100m peito. Em Paris, já havia vencido os 100m costas e, com o título desta segunda-feira (2), chegou ao quinto ouro na carreira. Ela disputa, nos próximos dias, os 200m medley, os 100m livre e os 100m peito. No atletismo, Claudiney Batista conquistou o tricampeonato do lançamento do disco F56 nas Paralimpíadas, classe para pessoas que competem em cadeira.
Nesta segunda-feira (2), o mineiro de 45 anos quebrou o próprio recorde da competição para levar o ouro em Paris com a marca de 46,86m. Aliás, o brasileiro tocou o sino dos campeões no Stade de France. Porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de abertura, Beth Gomes faturou a prata no arremesso do peso F54. A paulista de 59 anos quebrou o recorde mundial da classe F53, mas, como competiu em uma categoria de menor comprometimento físico-motor que a sua, acabou na segunda posição. Ela compete ainda no lançamento disco F53, prova em que defende o título paralímpico.
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