Pagando Impostos sobre Cripto no Brasil em 2025
Dia após dia, as criptomoedas continuam ganhando popularidade no Brasil. Em vez das opções tradicionais como imóveis ou contas de poupança, cada vez mais pessoas estão investindo em ativos digitais como Bitcoin, Ethereum e Solana. Solana hoje é amplamente reconhecida e valorizada por suas taxas baixas e transações rápidas, o…
07/04/2025
Dia após dia, as criptomoedas continuam ganhando popularidade no Brasil. Em vez das opções tradicionais como imóveis ou contas de poupança, cada vez mais pessoas estão investindo em ativos digitais como Bitcoin, Ethereum e Solana. Solana hoje é amplamente reconhecida e valorizada por suas taxas baixas e transações rápidas, o que tem ajudado a aumentar sua popularidade em relação a outras moedas. Apesar do mercado de cripto às vezes parecer uma terra sem lei que nem a do Lampião, o governo brasileiro tem regras bem definidas sobre sua tributação — e quem ignorar essas regras, faz isso por conta própria e risco.
Assim como nos anos anteriores, os brasileiros precisam declarar toda movimentação com criptomoedas para a Receita Federal, incluindo vendas, trocas ou até mesmo quando são usadas para comprar algo. Essas regras valem independente da plataforma usada — seja brasileira ou internacional. A boa notícia é que as regras são relativamente simples. Se você não ultrapassar R$35.000 em vendas no mês, está isento de pagar imposto. Mas, por outro lado, se vender mais que isso, o imposto varia de 15% a 22,5%, dependendo do valor total das operações.
O que muita gente não percebe é que isso também inclui transações entre criptomoedas. A Receita Federal considera cada transação de forma individual, e o lucro deve ser calculado em reais, com base nos valores das moedas no momento da troca. Ou seja, manter registros organizados é essencial ao lidar com cripto, assim como acontece com moedas tradicionais. Anote datas, valores em reais e qualquer taxa envolvida. Algumas exchanges até informam seus dados automaticamente, mas a responsabilidade final é sempre sua. Se quiser evitar dor de cabeça, existem aplicativos e plataformas que ajudam bastante nessa tarefa.
Além das transações mais comuns que o investidor médio costuma fazer, existem formas menos óbvias de ganhar com cripto — como o staking, por exemplo, que envolve o compromisso de uma moeda em um blockchain em troca de juros. A Receita Federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre esse tipo de rendimento, mas o meio mais seguro é tratar como qualquer outro ganho e incluí-lo na sua declaração. Pode parecer complicado, mas tudo fica mais simples se você se mantiver atualizado tanto sobre o mercado de cripto quanto sobre as novas regras que surgem para regulá-lo.
Pode ser tentador ignorar essas obrigações, mas o risco é alto. A Receita Federal tem se modernizado e já consegue rastrear melhor as movimentações, mesmo nesse universo descentralizado. Não vale a pena correr o risco de multas ou bloqueios por não declarar corretamente.
Em resumo: trate seus ativos em cripto como qualquer outro patrimônio. Seguindo as regras para cada tipo de investimento, operar com Solana ou Bitcoin não precisa virar problema no futuro.
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