Política

Olho nas Urnas: Terceira via tem vez?

Fatos históricos da política brasileira

25/10/2022

O histórico das eleições presidenciais no Brasil até os tempos atuais tem demonstrado o fracasso da chamada “terceira via”. Ao longo dos últimos anos, muitos partidos têm tentado romper com a polarização nas disputas eleitorais. Em 2002, Anthony Garotinho concorreu à presidência da República pelo PSB. Ciro Gomes (PDT) também entrou na disputa em 1998, 2002 e 2018. Além desses, em 2014, Marina Silva (Rede) concorreu e foi a que mais acumulou votos, mas sem sucesso.

 

Entre o PT e PSDB

Todos esses candidatos concorreram às eleições em um cenário com o país dividido entre candidatos do PT e do PSDB, siglas de destaque entre 1994 e 2014. Entretanto, isso mudou com a vitória de Bolsonaro nas Eleições de 2018, contexto no qual o bolsonarismo passou a ter notoriedade. Em 1989, ganha destaque o Partido da Reconstrução Nacional (PRN) que tinha como candidato Fernando Collor, que venceu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições daquele ano.

 

Disputas recorrentes

Mas, desde 1994, entre os partidos políticos que tiveram candidatos disputando as eleições presidenciais no Brasil, passam a ser recorrentes na política brasileira o Partido da Social Democracia Brasileira (FHC, Serra, Alckmin e Aécio) e o Partido dos Trabalhadores (Lula, Dilma e Haddad). Apesar de não ganharem muito destaque, alguns partidos também estiveram nas eleições para presidente. Aliás, rompendo com o histórico de eleições entre PT e PSDB, o Partido Social Liberal entrou na disputa em 2018. É nesse contexto que foi eleito o atual presidente, Jair Bolsonaro, vencendo Fernando Haddad (PT) em 16 estados.

 

Nomes alternativos

É o caso do PDT com Leonel Brizola, que chegou a registrar 16,51% dos votos no primeiro turno de 1989; e Ciro Gomes, com 10,96% dos votos em 1998; 11,97% dos votos em 2002 e 12,47% em 2018. Em 2 de outubro de 2022 Ciro Gomes fez míseros 3%. Pelo menos desde 1989, outro fenômeno é observável, com no mínimo um nome alternativo aos dois grupos mencionados, despontando com uma votação relevante no 1º turno (quando houve) – como Leonel Brizola, em 1989, Enéas Carneiro, em 1994, Ciro Gomes, em 1998, 2002 e 2018, Anthony Garotinho, em 2002, Heloísa Helena, em 2006 e Marina Silva, em 2010 e 2014.

 

Ineditismos da campanha

A eleição para presidente em 2022 está marcada por ineditismos, curiosidades e peculiaridades. Pela primeira vez na história, um presidente e um ex-presidente disputam o Palácio do Planalto. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) governou o país entre 2003 e 2010. Jair Bolsonaro (PL), eleito em 2018, tenta a reeleição. O pleito deste ano teve a campanha mais curta do primeiro turno desde a redemocratização. Se comparado com 2010 ou 2014, anos em que a campanha durou 92 dias, os candidatos ao Planalto em 2022 tiveram metade do tempo para pedir votos (46 dias).

 

Recordes nas urnas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve o maior índice de votação da história do país no domingo (2), no primeiro turno das eleições, foram 57.258.115 votos. O presidente, Jair Bolsonaro (PL) também bateu o recorde, com 51.071.277 votos, que foi superior à recebida no primeiro turno de 2018, ano em que foi eleito. Nunca um candidato tinha recebido a marca expressiva de 50 milhões de votos na primeira rodada das eleições.

 

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