Brasil

Olho nas urnas! Silvio Santos para Presidente (1)

Em novembro de 1989, com a campanha presidencial já em andamento, Silvio Santos foi anunciado como candidato à presidência pelo Partido Municipalista Brasileiro, no lugar do pastor evangélico Armando Corrêa, que era o candidato oficial do PMB

30/08/2022

Em novembro de 1989, com a campanha presidencial já em andamento, Silvio Santos foi anunciado como candidato à presidência pelo Partido Municipalista Brasileiro, no lugar do pastor evangélico Armando Corrêa, que era o candidato oficial do PMB. Também se cogitou a desistência de Aureliano Chaves (PFL), até então vice-presidente da República, para que Silvio o substituísse por um partido mais forte. SS chegou a fazer algumas gravações para a propaganda eleitoral, pedindo votos para o número 26, do PMB, com insistência, pois não haveria tempo para mudar o nome impresso nas cédulas de votação.

Alguns dias antes da eleição, Silvio Santos teve seu registro de candidato impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral, por irregularidades no registro do PMB (o partido fizera convenções partidárias em apenas 5 estados, em vez de 9). O apresentador e empresário filiou-se em seguida ao PFL e ensaiou participar de outras eleições, mas as brigas entre grupos políticos e os acordos e negociações inerentes à política fizeram Silvio desistir para se dedicar apenas aos seus negócios. O PMB teve seu registro cancelado pelo TSE.

Eleição com 22 candidatos 

Na mesma eleição presidencial de 1989, a primeira depois da promulgação da nova Constituição do Brasil, em 1988, nada menos que 22 candidatos foram às urnas em busca da cadeira até então ocupada por José Sarney (MDB). Que tinha sido eleito indiretamente pelo Congresso Nacional, na chapa de Tancredo Neves (MDB). Tancredo, vitimado por uma diverticulite, segundo os médicos, morreu antes da posse e Sarney assumiu o cargo até então ocupado por João Baptista de Figueiredo, o último presidente dos governos militares.

Vitória em segundo turno

A disputa de 1989 travou- em dois turnos, entre Fernando Collor de Mello (RN), atualmente senador por Alagoas, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O primeiro em15 de novembro e o segundo no dia 17 de dezembro daquele ano. Vitória de Fernando Collor que somou 35.089.998 milhões de votos contra 31.076.364 milhões conquistados pelo então sindicalista metalúrgico.  Em 29 de dezembro de 1992, Collor de Mello renunciou ao mandato pouco antes de o Congresso Nacional votar em plenário pela sua cassação. Sob a acusação de corrupção. Em acusação feita pelo próprio irmão, Pedro Collor, em longa entrevista à Revista Veja.

(Foto: Divulgação/Arquivo/Original em P&B)

No lugar de Fernando Collor, que ficou inelegível por oito anos, assumiu o vice, Itamar Franco. Nesta mesma eleição presidencial, entre os 22 concorrentes havia nomes que fizeram história na política brasileira. Um deles era Leonel de Moura Brizola (PDT), terceiro colocado com 11.168. 228 milhões de votos. Além dele, Mário Covas (PSDB), Paulo Salim Maluff (PDS), Ulisses Guimarães (MDB) e Enéas Carneiro (Prona), mas todos com votação abaixo dos oito milhões de votos.

Quer saber das notícias de Jaraguá do Sul e Região primeiro? CLIQUE AQUI e participe do nosso grupo de WhatsApp!

Notícias relacionadas

x