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Senadores biônicos indicados pelo presidente da República foi um apelido pejorativo criado pela oposição ao regime militar para denominar os senadores e governadores de estado escolhidos a partir das mudanças estabelecidas pelo Ernesto Geisel. O penúltimo do regime militar. O termo alude a uma série norte-americana da época transmitida, no Brasil, pela Rede Bandeirantes: “O homem de 6 milhões de dólares”, cujo protagonista ganhou poderes biônicos após uma cirurgia milionária que salvou sua vida. Em troca, passou a trabalhar para o governo norte-americano como agente especial. Cada estado teve seu senador e governador biônico.
Lenoir Vargas Ferreira
No caso de Santa Catarina, Lenoir Vargas Ferreira, nomeado em 1978 pelo presidente Ernesto Geisel. Militando no PSD, elegeu-se vereador em 1947, deputado estadual em 1950 e 1954 e deputado federal, de 1963 a 1966 cumprindo este último mandato pela Aliança Renovadora Nacional. Partido pelo qual foi eleito senador em 1970 e indicado senador biônico em 1978, migrando mais tarde para o Partido Democrático Social. À época o Brasil tinha 22 estados e 44 senadores. Dos quais 22 biônicos. Ferreira Nasceu em Tupanciretã (RS), em 1919, faleceu em agosto de 1986. Era advogado, jornalista e professor radicado em Santa Catarina.
Biônicos do século 21
Ainda hoje há senadores que não foram eleitos pelo voto popular. Isso porque a Constituição de 1988 (artigo 46, § 3º) define que cada senador concorra com dois suplentes em sua chapa. Entretanto, esses suplentes são desconhecidos pelos eleitores e, em caso de ausência do titular eleito, assumem seu lugar sem terem sido escolhidos diretamente pela população. Portanto, poderiam também ser chamados de senadores “biônicos”. Atualmente, 16 suplentes estão no exercício do mandato, entre eles a primeira suplente de Jorginho Mello (PL), Ivete Appel da Silveira (MDB/Joinville), viúva de Luiz Henrique da Silveira, eu também foi senador.
Jorge Konder Bornhausen
Em 1975, nomeado presidente do Banco do Estado de Santa Catarina por seu primo, o governador Antônio Carlos Konder Reis, Jorge Konder Bornhausen deixou o cargo para ser governador biônico indicado pelo presidente Ernesto Geisel, em 1978. Renunciou ao cargo em favor do vice-governador Henrique Helión Velho de Córdova, para concorrer, em 1982, a senador, sendo eleito pelo PDS. Em 1985, assumiu o Ministério da Educação (governo José Sarney) e, em 1994, derrotado ao governo do Estado, assumiu a embaixada do Brasil em Portugal, nomeado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Retornou em 1998 e se elegeu para um segundo mandato de senador.
Apenas uma mulher foi eleita governadora no primeiro turno em 2 de outubro: Fátima Bezerra, do PT, reeleita no Rio Grande do Norte. Outras duas vão disputar o segundo turno em Pernambuco: Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB).
No total, 32 mulheres se candidataram para o cargo nas eleições deste ano, ante 170 homens. Das 27 unidades da federação, nove não tiveram nenhuma candidatada: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
Mulheres govenadoras
Entre os anos de 1994 e 2022, apenas nove mulheres se elegeram como governadoras de estados: em 1994, 1998 e 2010, Roseana Sarney (PFL/MA); 2002, Rosa Garotinho (PSB/RJ) e Vilma de Faria; (PSB/RN); 2006 Yeda Crusius (PSDB/RS), Ana Júlia (PT/PA) e Vilma de Faria; 2010 Rosalba Ciarlini (DEM/RN); 2014 Suely Campos (PP/RR): 2018 e 2022, Fátima Bezerra (PT/RN).
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