Política

Olho nas Urnas

Fatos que fizeram parte da história política

12/10/2022

O segundo turno das eleições presidenciais no próximo dia 30 de outubro, entre Jair Bolsonaro (PT) e Lula da Silva (PT) leva a marca da 32ª eleição presidencial do Brasil desde a Proclamação da República, em 1889. Até a primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994, não havia segundo turno para presidente da República, governador e prefeito.

 

Epitácio Pessoa (1919)

A Constituição de 1891 não permitia que o vice assumisse o comando do país, exceto se já tivessem passados dois anos da posse. Por isso, em 1919, novas eleições tiveram de ser convocadas. Epitácio Pessoa, membro do Partido Republicano Progressista, mas que concorreu pelo Partido Republicano Mineiro, acabou eleito, com 70% dos votos.

 

Arthur Bernardes (1922)

A força política também se dividia. Enquanto Minas Gerais e São Paulo indicavam Arthur Bernardes para a sucessão Presidencial, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco lançaram a candidatura do ex-presidente Nilo Peçanha. Bernardes foi o escolhido com 59% dos votos, reforçando a divisão que o país vivia na época.

 

1926: Washington Luís

O governo de Arthur Bernardes foi marcado por várias revoltas em São Paulo, Mato Grosso, Sergipe, Amazonas, Pará e Rio Grande do Sul. Entre os temas, o pedido do voto secreto, liberdade de imprensa e independência do Judiciário. Para a sucessão Presidencial, foi indicado o nome de Washington Luís, que acabou sendo eleito presidente com 99,7% dos votos. Ele foi o único que se candidatou formalmente.

 

Júlio Prestes (1930)

Ao tentar quebrar a política do café com leite (onde os Estados de Minas Gerais e São Paulo se alternavam no poder), Washington Luís acabou por modificar o cenário nacional. Ele queria que outro paulista iria sucedê-lo, Júlio Prestes. O PRM, acuado, se uniu ao Partido Republicano Rio-Grandense e lançou Getúlio Vargas, ex-ministro da Fazenda do governo de Washington Luís. Júlio Prestes acabou eleito com 59,39%. Mas, não teve tempo nem de assumir o cargo. A Revolução de 1930 acabou com a Primeira República brasileira.

 

A Revolução de 1930

Com a queda de Júlio Prestes, o Brasil passou seis meses, aproximadamente, sendo governado pela Junta Provisória, com líderes do movimento alternando o poder.Foram João de Deus Mena Barreto, José Isaías de Noronha e Augusto Tasso Fragoso. Em novembro de 1930, Getúlio Vargas assumiu a Presidência da República.

 

Getúlio Vargas (1934)

Em 1934, uma nova Constituição foi promulgada. Instituindo o voto secreto e permitindo a participação feminina, a escolha, porém, foi indireta, sem a participação popular, devido ao Governo Provisório. Getúlio Vargas foi mantido no poder por 70% dos deputados.

 

1945: Eurico Gaspar Dutra

As eleições deveriam acontecer em 1938. Porém, um ano antes, Getúlio Vargas deu um golpe e centralizou o poder em torno dele. A ação recebeu o nome de Estado Novo.O período durou até outubro de 1945, quando ele foi deposto pelas Forças Armadas. José Linhares, convocado pelos militares, comandou o país por 94 dias, até a volta dos brasileiros às urnas. Com o voto secreto, participação popular mais intensa e poucas acusações de fraude, o general Eurico Gaspar Dutra, do Partido Social Democrático (PSD), aliado ao PRP, foi escolhido com 55,39%. (continua…)

 

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