Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.
Coluna: O poder do mkt e a “cultura do cancelamento”
Acredito que as pessoas devem ter uma segunda chance na vida, para refletir, mudar e evoluir. Massacrar e apedrejar “a odiada da vez” nas redes sociais, ou presencialmente, ameaçando os familiares, é uma atitude indigna.
28/03/2021
Por Sônia Pillon
Essa semana o Brasil parou para assistir a eliminação da “odiada da vez” por mais de 99% dos votos. Foi uma resposta à agressividade e desrespeito com integrantes do reality show da qual ela também participava. Faltou empatia e bom senso. Sobrou incoerência e autoritarismo. Esse fato dominou todas as plataformas de notícias. Portanto, não é necessario citar o nome em questão…
A segurança com que a “cancelada” apresentou ao sair do confinamento tem dado margem a comentários. Há quem garanta que a rapper foi alertada antes da saída, a tempo de se recompor, aconselhada por psicóloga e pela assessoria de marketing pessoal. De que foi orientada a reconhecer que errou, pedir perdão e anunciar que fará tratamento psiquiátrico. Versão negada, evidentemente…
Estaria a poderosa emissora de TV brasileira “passando o pano” ao dar tratamento diferenciado à ex-participante, promovendo entrevistas sucessivas e até preparando um Especial sobre a vida e a carreira dela?
O que se sabe é que o poder do marketing é inegável e não deve ser subestimado. A semiótica está aí para provar isso.
O site Digital Land explica que “aplicando os estudos semióticos no marketing, o que temos é um poder maior de elaboração do discurso nas mãos de quem cria uma mensagem”. Resumindo, esse conhecimento permite trabalhar a imagem de um indivíduo potencializando fatores positivos e minimizando (inclusive eliminando) os fatores negativos.
Sem dúvida, será uma tarefa árdua, digna de experts de marketing para limpar a barra e promover uma mudança na imagem da rapper. Paralelamente a um bom tratamento psicológico, é claro. É um trabalho de meses que pode dar certo, ou não. Ela ressurgirá das cinzas? O tempo dirá…
De qualquer forma, acredito que as pessoas devem ter uma segunda chance na vida, para refletir, mudar e evoluir. Massacrar, apedrejar “a odiada da vez” nas redes sociais, ou presencialmente, ameaçando os familiares, é uma atitude indigna. Não se pode retribuir erros cometidos com arbitrariedades ainda maiores.
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