Saúde

Novembro Azul – a campanha precisa ser mais bem explorada, diz RESH

O não cuidado com a saúde faz com que o homem viva até 10 anos a menos que a mulher e que a cada 5 óbitos de adultos três são de homens

07/11/2024

A estimativa de novos casos de câncer para os homens é muito desfavorável se comparada à das mulheres.

 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, nas doenças comuns entre homens e mulheres, com exceção das neoplasias malignas da pele não melanoma e do cólon e reto, nas demais doenças os homens superam todas as estatísticas negativas. Na traqueia, brônquio, pulmão, estômago e esôfago a diferença é altíssima, superando os 100% se comparados às mulheres. Nos dois tipos de cânceres mais conhecidos e divulgados, o da próstata supera o de mama feminina.

 

Outro fato relevante que merece reflexão por parte dos homens e da sociedade, é que o não cuidado com a saúde faz com que o homem viva até 10 anos a menos que a mulher e que a cada 5 óbitos de adultos três são de homens, apesar de toda a tecnologia e o avanço da medicina estar à sua disposição.

 

 

Para a Rede Nacional Saúde do Homem – RESH, a campanha Novembro Azul é meritória pela necessidade e importância na conscientização dos homens quanto a prevenção do câncer de próstata, mas não podemos cometer sucessivos equívocos ao darmos a conotação de que a saúde do homem se resume nessa glândula (próstata) localizada na parte baixa do abdômen.

Segundo o empresário Dúlcio Teodonir Lenzi Filho, presidente da Rede Nacional Saúde do Homem, fundada em Jaraguá do Sul, a Campanha Novembro Azul é uma ótima oportunidade para se discutir outros assuntos que realmente terão impactos na saúde masculina, como prática de atividade física, os maus hábitos (uso de álcool e outras drogas, tabaco, etc), alimentação inadequada, a automedicação, os acidentes de trânsito por imprudência e a checagem dos níveis da pressão arterial e da glicemia e, principalmente, quando e porque se deve fazer o PSA.

 

O preconceito é o resultado da desinformação, pois a maioria dos homens considera-se invulnerável, evitam ir ao médico, talvez por medo de descobrir uma doença grave e também porque são mais otimistas em relação à própria saúde. Numa escala de prioridade na prevenção e/ou tratamento, o homem opta por cuidar bem da sua família, do seu imóvel, do seu carro, mas, não se cuida, a maioria deles acham que estão bem, ou muito bem de saúde.

 

Além da desinformação, a segunda causa é a incompatibilidade entre horário de trabalho e a disponibilidade nas unidades básicas de saúde.
“Precisamos investir na prevenção para evitar-se tratamentos e, até mesmo, as mortes precoces. A cada US$1 investido na política preventiva por habitante, o governo deixa de gastar até US$10, que poderia estar investindo na melhoria da qualidade da saúde pública no Brasil”, diz.

 

 

Mais informação e conscientização pede presidente de Rede Saúde do Homem

 

Diante deste cenário, a Rede Nacional Saúde do Homem preconiza a importância e a necessidade da informação e da conscientização, como poderosas aliadas para mudar este quadro desfavorável, executando projetos específicos para meninos em idade escolar, para jovens, adultos e idosos.

 

“Na Campanha Novembro Azul, além de se explorar o debate e a orientação sobre todas as doenças do homem, deve-se lembrar que a prevenção se faz o ano inteiro. As empresas e instituições públicas e privadas deveriam investir mais e melhor na saúde dos seus funcionários, sendo uma das opções a SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho”, afirma Dúlcio Lenzi Filho.

 

“Precisamos, em parceria com as empresas e instituições públicas e privadas, de campanhas de impacto no ano inteiro e de levar a orientação aos homens trabalhadores, à população que vive na periferia e na área rural, de que a prevenção é a única e a melhor alternativa de se evitar doenças e não perder o melhor da vida”, finaliza.

 

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