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Noctúria – Xixi durante a noite

Você se levanta para fazer xixi muitas vezes ao longo da noite?

20/02/2023

A micção noturna, também conhecida como noctúria, pode afetar homens e mulheres de qualquer idade. As causas mais comuns geralmente são benignas, como tomar muito líquido antes de dormir, mas a noctúria também pode ser causada por problemas de saúde e medicamentos.

 

Uma das causas mais comuns é a apneia do sono – que provoca ronco e cansaço durante o dia. A apneia baixa os níveis de oxigênio do sangue. O coração pode então liberar um hormônio chamado BNP – um diurético muito potente – que aumenta a produção de urina. Tratar a apneia pode reduzir a micção noturna.

 

A noctúria também pode ser um sinal de alerta para diabetes, insuficiência cardíaca, infecções do trato urinário e bexiga hiperativa, bem como uma reação a alguns medicamentos, incluindo aqueles usados para tratar hipertensão e doenças renais.

 

Existem alimentos e bebidas que podem irritar a bexiga, dando vontade de fazer xixi: chás (verde, branco e preto), alimentos condimentados e adoçantes artificiais.

 

A cafeína é outro culpado comum, seja no café, chá ou refrigerante, assim como o álcool. Ambos são diuréticos conhecidos.

 

Para homens com mais de 50 anos, a causa pode ser o aumento da próstata. Com a idade, a próstata pode aumentar e comprimir o canal urinário. Com isso, a bexiga não esvazia completamente e pode encher de volta rapidamente.

 

A micção noturna em mulheres, pode ser causada gravidez, pelas disfunções e prolapso de órgãos pélvicos que ocorrem com a idade e pela menopausa.

 

Mesmo os jovens podem apresentar noctúria, por causas como apneia do sono, principalmente aqueles que estão acima do peso.

 

Para todos as idades e gêneros, a dica é evitar a cafeína após o almoço e não beber nada antes de dormir

 

Se você está acordando duas ou mais vezes para fazer xixi – e acha que pode ter apneia, problema de próstata ou qualquer outro problema médico relacionado à noctúria – entre em contato com seu médico e peça uma avaliação.

Por

Médico Neurologista, Deputado Estadual SC e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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