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Coluna: Política & Políticos – Bolsonaro não vem

As últimas notícia dos bastidores da política catarinense

27/09/2022

Depois de confirmar através de um vídeo, que encerraria sua campanha à reeleição em Joinville no dia 1º de outubro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou de ideia, segundo sua assessoria. A escolha se deu por dois motivos: foi a cidade que mais votos deu a Bolsonaro em 2018 no Estado (exatos 262.556 mil). E pelo fato de a delegada Marilisa Bohen, que atua em Joinville, ser a vice na chapa de Jorginho Mello.

Uma compensação

Como Bolsonaro não pode recomendar o voto para dois candidatos a governador que o apoiam e que ele apoia também- Mello e Esperidião Amin, que andam às turras para ver quem é mais “bolsonarista”- seria uma forma de ao menos “compensar” a candidatura de Jorginho que, no Senado e principalmente durante a CPI da Covid, foi quem deu, na verdade, a cara para bater em defesa do presidente. O que Amin não fez em nenhum momento.

 

ELEIÇÕES

*Na disputa pelo governo há nove candidatos em Santa Catarina. Mas, efetivamente, cinco deles competindo nas urnas, não necessariamente nessa ordem: Carlos Moisés (Republicanos), Gean Loureiro (União Brasil), Décio Lima (PT), Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP).

*É uma briga de foice a disputa pelos votos que Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang podem transferir para Jorginho Mello e Esperidião Amin, além de Jorge Seif. Até mesmo Carlos Moisés, que esconjurou JB lá em 2019, agora tenta “colar” sua imagem à do presidente.

*Carlos Moisés (Republicanos) já sentiu que o grupo do MDB que o queria no partido e que sustentou apoio à sua reeleição, não abraçou a caminhada atrás de votos como se esperava. Dos outros partidos, inclusive o dele, não é de se esperar muita coisa em termos de voto. Então, ou convence o eleitor sobre seus feitos como governador, o vai para casa já no dia 2.

*Em 2018, na véspera das eleições gerais do dia 7 de outubro, o extinto Ibope, atual IPEC (Inteligência, Pesquisa e Consultoria) apontava Mauro Mariani (MDB) com 31% da preferência dos eleitores. Na sequência, Gelson Merisio (PSD) com 29% e Carlos Moisés, então no PSL, com12%.

*Mariani, candidato do “maior partido de Santa Catarina”, ficou em terceiro, com 23%. Merisio (31%) e Moisés (30%) foram para o segundo turno. Venceu Moisés, com 71,09% dos votos contra 28,91% de Merisio. O mesmo Ibope apontou 55% para Bolsonaro e 17% para Fernando Haddad (PT). O petista fez 15% e Bolsonaro 65,82%. E isso no primeiro turno.

*Vereador Luiz Fernando Almeida (MDB) e o deputado federal Carlos Chiodini (MDB)  organizaram manifestação de apoio a Gean Loureiro (União Brasil) e Raimundo Colombo (PSD), candidato a senador. Em Jaraguá do Sul, no sábado (24).

*Moacir Sopelsa (MDB), governador em exercício, recebeu o governador Carlos Moisés (Republicanos) em Concórdia, sua terra natal. Em ato de campanha eleitoral, se é que pode. Sopelsa é fiel escudeiro de Moisés. Que, agora, distribui aos milhares santinhos com foto sua e do presidente Jair Bolsonaro (PL). A quem demonizou faz quatro anos.

 

Eles prometem

* Candidatos a govenador, de partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa, assinaram a “Carta da Indústria 2022”, entregue pelo presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar (o quarto, da esquerda para a direita). Assumindo o compromisso, se eleitos, de valorizar a indústria, não aumentar a carga tributária e melhorar a infraestrutura de transportes. Leia-se rodovias estaduais arrombadas.

Uma demanda de todos

É a principal demanda da indústria para o próximo governo do Estado. Não só da indústria, diga-se, mas de milhares de usuários, dia e noite. Usuários que, muitas das vezes, arcam não só com prejuízos materiais em seus veículos, mas também com os custos elevados da logística de transporte. O que implica diretamente no custo final de milhares de produtos. Prometer não é nenhuma novidade. O “cumprir” é outra história.

 

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