Me engana…
Depois da repercussão negativa com a recente nomeação de Eron Giordani (PSD), chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), para comandar a Casa Civil do governador Carlos Moisés (PSL), escancarando a negociata que abre as portas para o tal “governo de coalizão”, a executiva estadual do partido manifestou-se.
O PSD é o segundo maior partido de oposição a Moisés na Assembleia e, segundo seu presidente, deputado Milton Hobbus, não indicará ninguém para ocupar cargos no governo.
“Mas, se alguém (do PSD) quiser fazer parte (do governo) estará liberado”, disse o parlamentar. Para isso, basta apenas que o filiado se licencie pelo tempo necessário.
O PSD, segundo Hobbus, “contribuirá com as pautas que julgue benéficas ao Estado”. Sim, é claro.
Pois é
“Volto muito feliz de continuar representando minha região no Parlamento (Assembleia Legislativa)”.
O discurso é do deputado Fernando Krelling (MDB), candidato derrotado na disputa pela prefeitura de Joinville – foi o terceiro colocado.
Ora, bolas! Se está feliz em voltar para seu lugar na Assembleia e para o qual foi eleito, então por que se candidatou? Para ser um depressivo infeliz se fosse eleito?
Aliás, até quando vai se permitir que deputados, senadores, governadores, prefeitos e vereadores descumpram o período do mandato para se candidatar a outros cargos eletivos? Ou para ocupar cargos públicos mantendo o mandato? A depender deles, nunca!
Tem de ser de cima para baixo e ponto final.
MDB encolhendo
Entre os 14 partidos políticos que lançaram candidatos a prefeito nas eleições de novembro, o MDB foi o que mais encolheu. Dos 1.035 eleitos em 2016, agora o partido tem só 748 prefeituras no país, incluindo aí prefeitos reeleitos.
Pela ordem, o PP (685), PSD (654) e DEM, que saltou de 266 prefeitos para 646, foram os partidos com maior número de eleitos no Brasil. O PSDB caiu de 785 para 520 prefeituras.
No Estado
Mesmo assim, em SC o MDB foi o melhor nas urnas, com 96 prefeitos eleitos, perdendo cinco dos 101 que tinha até então. O segundo é o PP, com 52 e o PSD com 42. Depois aparece o PSDB com 32. O DEM ficou na rabeira, com apenas sete prefeitos eleitos.
Porém, entre eles Gean Loureiro (Florianópolis) o que credencia o partido, em costura de alianças, a pensar na majoritária de 2022 para o governo do Estado. E isso já está em andamento.
PSL unido
Bancada do PSL, agora liderada pela deputada Ana Carolina Campagnolo, está se posicionando, ao lado do governador Carlos Moisés. Desde o início, houve grande ruptura por conta do isolamento inexplicável de Moisés.
Inclusive com discursos ácidos da agora líder da bancada. Neste tempo todo, ao lado dele ficaram apenas Ricardo Alba e Onir Mocelin. O entendimento, agora, é caminhar unidos, votando em bloco e sem espaços para dissidências.
Mudança para o próprio benefício
O artigo 57, da Constituição Federal, veda a reeleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado para um segundo mandato na mesma legislatura.
Mesmo assim, Rodrigo Maia, que pode até ser candidato a vice-presidente da República na chapa de João Doria (PSDB), e David Alcolumbre, ambos do DEM, tramam para mudar o disposto.
Em protesto, 14 senadores assinaram uma carta contra a reeleição de ambos, que são apoiados por outros parlamentares, para mais dois anos à frente daqueles poderes. Entre eles, Esperidião Amin (PP).
Porém, explica-se: em 2018, e contra Alcolumbre, Amin lançou seu nome à presidência do Senado em cima da hora, junto com outros pretendentes. Fez 13 votos e Alcolumbre 42, num universo de 81 votantes. Mas, Amin não descarta a possibilidade de se apresentar de novo na disputa. Isso dá mídia nacional.
Sobre diárias
Deputado Coronel Mocellin (PSL) disse que o governador Carlos Moisés (PSL) bateu o martelo e elevou de R$ 150,00 (em 2019) para R$ 180,00 a diária dos bombeiros e guarda-vidas civis que vão trabalhar na próxima temporada de verão.
“Pleiteávamos R$ 200, mas chegamos a um acordo de R$ 180”, anunciou. Faltou dizer: para o café da manhã, almoço, janta e hospedagem.
Só para saber: um deputado estadual tem salário de R$ 25.322,25 (brutos), mais R$ 4,3 mil de auxílio-moradia, R$ 106,8 mil de cota de gabinete para pagar assessores, (até 22 para cada deputado) e R$ 41 mil/mês para diárias, passagens, combustível, telefone e material de uso diário. Mas, acham que fazem muito aprovando migalhas para quem vai salvar vidas.
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