Brasil

Mudança no Congresso: base prevê embates com Alcolumbre e relação mais fluida com Motta

Com novos presidentes na Câmara e no Senado, jogo político deve mudar; Motta promete diálogo, enquanto Alcolumbre pode endurecer negociações

01/02/2025

O Congresso Nacional inicia uma nova fase a partir deste sábado (1º) com a eleição de dois novos presidentes para a Câmara e o Senado. Enquanto governistas preveem uma relação mais tranquila com Hugo Motta (Republicanos-PB), a chegada de Davi Alcolumbre (União-AP) ao comando do Senado pode tornar as negociações mais complexas.

Considerado mais acessível e cordial que seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), Hugo Motta construiu uma ampla rede de apoios, garantindo a adesão de 18 dos 20 partidos representados na Câmara. Seu trânsito político gera expectativas de maior sintonia com o Palácio do Planalto, mas a harmonia dependerá da reforma ministerial em andamento.

 

 

Davi Alcolumbre (União-AP) / Hugo Motta (Republicanos-PB)

 

 

Nos bastidores, um dos aliados mais próximos de Motta, o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), é cotado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, substituindo Alexandre Padilha (PT-SP), que teve atritos constantes com Lira. A mudança pode consolidar um canal de diálogo direto entre o governo e o Centrão.

 

Por outro lado, Motta também acenou ao bolsonarismo e enfrentará pressões para avançar pautas importantes para esse grupo, como o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Equilibrar essas forças opostas será um dos principais desafios de sua gestão.

 

 

Alcolumbre: pragmatismo e embates à vista no Senado

 

 

No Senado, a situação é vista com mais cautela. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conhecido por sua postura conciliadora e alinhamento ao governo Lula, dá lugar a Davi Alcolumbre, que possui um perfil mais pragmático e prioriza os interesses políticos internos da Casa.

 

 

Com forte articulação nos bastidores, Alcolumbre conseguiu apoio de diferentes espectros políticos, do PT ao PL. Sua eleição representa uma mudança no equilíbrio de forças, com a oposição mais fortalecida. O PL, por exemplo, conquistou a vice-presidência do Senado e o comando da Comissão de Segurança Pública, enquanto o Republicanos deve nomear Damares Alves (DF) para a Comissão de Direitos Humanos, substituindo Paulo Paim (PT-RS).

 

 

Embora Alcolumbre não tenha a mesma proximidade com Lula que Pacheco construiu nos últimos anos, sua chegada ao comando do Senado pode fortalecer o Congresso como um todo frente ao Executivo e ao Judiciário. A boa relação entre ele e Hugo Motta também pode garantir uma maior sintonia entre as duas Casas Legislativas, ampliando o poder de barganha do Legislativo.

 

 

Com novas lideranças e novas dinâmicas, a política em Brasília se reorganiza para um período de intensas negociações e disputas de espaço no tabuleiro do poder.

 

 

 

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Por

Relações Públicas RP 4173 Editora, redatora. e pós-graduanda em Copywriting e Escrita Criativa

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