Motoboys do iFood em SC planejam paralisação para 11/08

Motoboys e entregadores do iFood estão se mobilizando para uma paralisação no próximo dia 11 de agosto, em Jaraguá do Sul e Joinville, em busca de melhorias significativas para a categoria.

Os profissionais, organizados pelo grupo de Whatsapp União Motoboy (UM), destacam como principais reivindicações o aumento no valor mínimo pago por entrega.

“O motivo central da paralisação é a defasagem na taxa mínima recebida por entrega. A cada ano, propõem aumentos de meros 50 centavos. Por que Florianópolis recebe entre R$ 8,50 e R$ 10 por entrega? A chuva lá molha mais do que aqui? As motos deles são melhores que as nossas?”, questionou indignado um dos entregadores.

Além da questão salarial, a classe demanda o fim demora para entrega do pedido, o motoboy deve ser acionado somente quando o pedido estiver pronto,  pagamento integral em caso de cancelamento, além de melhores condições de trabalho, como espaços adequados para refeições, descanso, carregamento de dispositivos e acesso a banheiros. Outras solicitações incluem suporte jurídico em casos de violência, alerta sonoro no app ao chegar no destino e comunicação clara ao cliente sobre a política de entrega em apartamentos.

“Queremos receber 100% das taxas cobradas ao cliente. Muitas vezes, o valor pago pelo usuário ao iFood é significativamente maior do que o repassado a nós. É uma questão de justiça e transparência”, afirmou outro entregador.

A mobilização está marcada para o dia 11 de agosto, com o ponto de encontro ainda a confirmar, mas provavelmente será próximo ao Shopping Partage, ponto tradicional de concentração dos motoboys na região.

Em relação à falta de união entre os entregadores, um dos participantes comentou: “Infelizmente, ainda há divisões entre nós. Precisamos nos unir para alcançar nossos objetivos e melhorar nossas condições de trabalho. É um desafio, mas estamos determinados a superá-lo.”

A falta de clareza nas taxas cobradas tanto aos clientes quanto aos estabelecimentos parceiros também é uma preocupação central entre os profissionais. “É uma falta de transparência gigante. Não estão sendo justos com ninguém, nem com os clientes, nem com os restaurantes e muito menos conosco”, destacaram os entregadores.

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