Ministros do STF já analisam provas para julgamento de Bolsonaro

Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) já começaram a analisar um HD com todo o material da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. O julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) está marcado para os dias 25 e 26 de março.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, distribuiu o material aos colegas há cerca de dez dias, permitindo que eles examinassem as provas antes da sessão. A estratégia visa agilizar o julgamento e garantir que todos os ministros estejam preparados para votar sem necessidade de pedidos de vista.

Além de Moraes, fazem parte da Primeira Turma os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. A expectativa nos bastidores é que a denúncia seja aceita por unanimidade, tornando Bolsonaro e os demais acusados réus no processo.

PGR reforça acusação contra Bolsonaro

O julgamento da próxima semana analisará exclusivamente a denúncia contra o chamado “núcleo 1” da investigação, que reúne os principais suspeitos de liderar a suposta trama golpista. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu representar pessoalmente o Ministério Público Federal na sessão.

Os oito acusados nesta fase incluem:
 Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
Mauro Cid – tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil

Julgamento pode definir futuro político de Bolsonaro

Se a Primeira Turma aceitar a denúncia da PGR, Bolsonaro e seus aliados passarão à condição de réus, iniciando uma nova etapa do processo. O caso é considerado um dos mais graves já enfrentados pelo ex-presidente e pode ter impacto significativo em seu futuro político.

A sessão será acompanhada de perto por apoiadores e críticos do ex-presidente, reforçando o clima de tensão em Brasília.

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