Laboratório da Furb vai analisar a eficácia do Controlador do Maruim
Programa Maruim, que tem apresentado eficiência comprovada no controle das larvas da mosca hematófaga
23/02/2024
O Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu (Cigamvali) e a Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) seguem com o Programa Maruim, que tem apresentado eficiência comprovada no controle das larvas da mosca hematófaga.
Em setembro de 2019 foi lançado o CBM (Controlador Bioativo do Maurim) beneficiando oito municípios consorciados que ajudaram financeiramente na montagem e sustentação do laboratório para a sua produção.
O produto é aplicado nas cepas da bananeira e da palmeira real, como também em gramados no entorno nas residências. O CBM não mata o maruim, mas controla e impede a proliferação das larvas dessa mosca, por isso, a aplicação deve ser contínua para reduzir a população do inseto.
Dois litros devem ser dissolvidos em 40 litros de água e pulverizados manualmente. Como é produto bioecológico, ele não é nocivo para animais e humanos. A iniciativa é resultado de uma pesquisa iniciada em 2007, viabilizada com recursos financeiros da Amvali.
Com o seu avanço, criou-se uma fórmula de um defensivo natural que apresenta eficácia de até 95% na eliminação do maruim, ainda na sua fase de larvas.
O controle biológico e de natalidade do maruim é uma luta de anos. A expectativa não é exterminar totalmente a mosca hematófaga, mas reduzir o excesso, haja vista que é uma das maiores preocupações na área rural. Está atingindo também as áreas urbanas.
O avanço do homem no habitat natural do inseto fez com que ele acabasse se proliferando. O incômodo para humanos e animais é muito grande.
O inseto se reproduz em ambientes alcalinos, encontrados facilmente em materiais orgânicos em decomposição, como por exemplo, caules de bananeira, de palmáceas, esterco da produção de gado, entre outros.
Resultado da análise vai dar um novo norte
Embora já se conheça um Controlador Bioativo do Maruim (CBM), o trabalho não está concluso e não para. O Cigamvali – Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu contratou o laboratório da Furb para que realize pesquisa para levantar no período de seis meses a eficácia do produto biológico utilizado atualmente no controle.
De acordo com o diretor-executivo do Cigamvali, Ronnie Leonel Lux, a produção que era feita em dependências da Secretaria de Obras, na Barra do Rio Cerro, hoje está na antiga usina de leite, no Ribeirão Cacilda, no Garibaldi. São cerca de 2 mil litros mensais. São 200 litros por vez.
O laudo da Furb, que exigirá amplo trabalho de campo, vai dar a efetiva comprovação da eficácia, por ser um laboratório acreditado.
Com o relatório definitivo, a Amvali, por meio do Consórcio, que detém a fórmula do CBM, vai avaliar a necessidade ou não de ajuste e, ampliar a produção.
Conforme Ronnie Lux, o uso está sendo feito nos municípios consorciados e que ajudaram a montar o laboratório de produção em Jaraguá do Sul, mas ela poderá ser aumentada para comercialização. “Já temos solicitações neste sentido”, diz o diretor do Cigamvali.
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