O Brasil registrou 937.294 roubos e furtos de celulares em 2023, de acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Isso equivale a cerca de 107 aparelhos subtraídos por hora. Os crimes, classificados como roubos ou furtos, são facilitados pelo alto valor agregado dos smartphones, tornando-os um alvo rentável para o crime organizado.
Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, em maio de 2024 o Brasil tinha 258 milhões de smartphones, uma média de 1,2 aparelho por habitante. Esse número reflete a popularização dos dispositivos, mas também evidencia os riscos associados à alta concentração desses equipamentos no país.
A diferença entre os dois tipos de crime é clara: o roubo envolve ameaça ou violência contra a vítima, enquanto o furto ocorre sem que a pessoa perceba, sem intimidação direta. Apesar dessa distinção legal, ambos os casos contribuem significativamente para a sensação de insegurança nas cidades.
Os roubos de celulares são mais comuns durante a semana, com picos de ocorrência nos horários de maior movimento: entre 5h e 7h da manhã, quando as pessoas saem de casa para trabalhar ou estudar, e entre 18h e 22h, no retorno às residências.
As vias públicas concentram a maioria dos casos (78%), enquanto as vítimas são majoritariamente homens (58%). Jovens entre 20 e 29 anos são os mais atingidos, com uma taxa de 404,5 ocorrências por 100 mil habitantes, seguidos por pessoas de 30 a 39 anos.
Já os furtos de celulares são mais frequentes nos finais de semana, representando 35% dos registros. Eles tendem a ocorrer em horários variados, especialmente entre 10h e 11h e no período entre 15h e 20h, quando há menos movimentação nas ruas.
Os locais mais comuns para furtos são vias públicas (44%), seguidos por estabelecimentos comerciais ou financeiros (14%) e residências (13%). Diferente dos roubos, os furtos atingem homens e mulheres em proporções iguais.
A faixa etária mais vulnerável aos furtos é a de 20 a 29 anos, com 357 ocorrências por 100 mil habitantes, seguida por pessoas entre 30 e 39 anos. A partir dos 40 anos, os furtos tornam-se mais prevalentes do que os roubos.
Os índices de roubos e furtos variam significativamente conforme o porte dos municípios. Em cidades pequenas, com menos de 100 mil habitantes, a taxa foi de 178,7 celulares subtraídos por 100 mil pessoas. Já em municípios de médio porte (100 mil a 500 mil habitantes), a taxa subiu para 433,6. Em grandes cidades, com mais de 500 mil habitantes, o índice atingiu 1.050,7 aparelhos por 100 mil, uma diferença de quase seis vezes em relação às menores localidades.
Fonte: ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2024. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ano 18, 2024. ISSN 1983-7364.
Entre os celulares subtraídos, as marcas mais visadas foram:
A popularidade dessas marcas e o alto valor de revenda contribuem para sua atratividade no mercado ilegal.
Um fator que tem chamado atenção é o aumento da atuação de gangues de bicicletas e motos, que visam surpreender as vítimas enquanto utilizam seus aparelhos em locais públicos. Essa prática, muitas vezes tipificada como furto qualificado, facilita o acesso rápido a aplicativos bancários ou outras plataformas financeiras, aumentando o prejuízo das vítimas.
Os celulares roubados ou furtados tornam-se peças-chave para o crime organizado, pois abrem portas para o mundo virtual, possibilitando transferências financeiras rápidas e outros crimes cibernéticos.
Fonte: ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2024. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ano 18, 2024. ISSN 1983-7364.
https://publicacoes.forumseguranca.org.br/handle/123456789/253
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