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Líderes do arroz e da banana apresentam demandas na Alesc

Líderes do arroz e da banana apresentam demandas na Alesc. A Comissão de Agricultura e Política Rural recebeu, na manhã desta terça-feira (4), representantes de dois setores produtivos estratégicos para o Estado

06/06/2024

Líderes do arroz e da banana apresentam demandas na Alesc. A Comissão de Agricultura e Política Rural recebeu, na manhã desta terça-feira (4), representantes de dois setores produtivos estratégicos para o Estado. O superintendente da cooperativa Juriti e membro do Sindicato das Indústrias de Arroz de SC, Silvério Orzechowski e a diretora executiva da Associação dos Bananicultores de Corupá, Eliane Müller, apresentaram números e trouxeram demandas com o objetivo de melhorar o desenvolvimento das atividades.

 

“Fazemos o melhor e mais saboroso arroz do Brasil. Somos o segundo estado em produção e um dos maiores em produtividade, mas vivenciamos um momento muito perigoso para a nossa cadeia produtiva”, alerta Silvério, referindo-se à Medida Provisória do governo Federal que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar, neste ano, até um milhão de toneladas de arroz beneficiado ou em casca.

 

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Foto: Solon-Soares-Agência-AL

 

“Falta arroz no Brasil? Não. Segundo relatório da própria Conab de maio, a produção no país aumentou em 6,4% de área plantada este ano, em comparação a 2023. A expectativa é de incremento de 4,6% na produção brasileira de arroz”, continuou Silvério.

 

 

Ainda segundo o representante, a estimativa é que o país importe, em 2024, cerca de 2 milhões de toneladas de arroz e exporte, em média, 1 milhão de toneladas do produto. “Já estamos em junho e essa quantidade não será exportada. Vai ficar no mercado brasileiro e se importarmos arroz, sofreremos um problema sério a partir do segundo semestre, com a sobra e queda brutal nos preços”.

 

 

Silvério finalizou sua participação pedindo auxílio dos deputados ao pleito. “Na região norte do estado, onde temos 40% da produção de arroz, não temos outra destinação para nossas áreas, porque elas são alagadiças. Isso vai afetar nossos produtores, mais de cinco mil famílias catarinenses”.
Os deputados Edison Massocco, vice-presidente da Comissão, Volnei Weber, Maurício Peixer e Oscar Gutz manifestaram repúdio à medida do governo Federal.

 

 

O presidente do colegiado, deputado Altair Silva, propôs o encaminhamento de uma moção de apelo ao governo Federal para que revise as importações de arroz. “Se o governo quer fazer política para baixar preço, não precisa importar. Temos que deixar claro que, por mais que nossos irmãos gaúchos tenham sido afetados pelas cheias, elas vieram no período de entressafra, então não houve perda da produção nacional. Não podemos aceitar que se aproveitem desse fato”, argumentou Altair Silva.

 

Decisão da União de importar arroz é fortemente criticada

 

Sargento Lima (PL) voltou a criticar a decisão da Conab de importar arroz para impedir a alta dos preços do produto no mercado interno, haja vista o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país.

 

“Até agora o Ministério da Agricultura não respondeu aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul em relação à compra de arroz de outros países”, pontuou, acrescentando que não há risco de desabastecimento, uma vez que 83% da safra gaúcha foi colhida antes do desastre de maio.

 

Segundo Lima, os produtores de arroz têm condições de abastecer o mercado interno sem trazer o grão da Ásia, plantado com agrotóxicos proibidos no Brasil e com uso de mão de obra infantil.

 

Proliferação do maruim e demora na aduana é levantado por Eliane Müller

 

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