Região

Infestação do maruim é levantada por Antídio na tribuna da Alesc

Infestação do maruim, um tipo de mosca hematófaga tem causado preocupação e foi repercutida na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, na terça-feira

18/04/2024

A infestação do maruim, um tipo de mosca hematófaga tem causado preocupação e foi repercutida na Assembleia Legislativa de SC, na terça-feira (16), pelo deputado Antídio Lunelli. Ele lembrou que Luiz Alves chegou a decretar situação de emergência e que o mesmo drama do município de 12 mil habitantes, no Vale do Itajaí, também atinge diretamente outros municípios, em especial Massaranduba, Corupá, Guaramirim, Schroeder e Jaraguá do Sul.

 

 

A mosca faz a postura onde tem grande quantidade de matéria orgânica. Os talos de banana, cepas de palmeiras em decomposição e estrumeiras, são locais ideais para a postura. “A situação é grave. Essa mosca mudou a rotina das pessoas, é uma praga que se prolifera velozmente. Essa superpopulação de maruim foi provocada pelas chuvas do ano passado”, avaliou o parlamentar, que informou que as autoridades da região estão unidas em busca de uma solução efetiva para o combate.

 

infestação

 

Há pelo menos duas décadas, a Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) tem realizado pesquisa e desenvolvido um produto biológico para o controle do maruim. O deputado Antídio quer que o Governo do Estado também auxilie nessa luta, porque é um problema de saúde pública que atinge várias regiões de SC.

 

 

 

Cigamvali e Furb vão ampliar os estudos em dois municípios da região

 

 

 

Também na terça-feira, enquanto o deputado Lunelli repercutia o problema do maruim na Alesc, o Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu (Cigamvali), que já havia contratado o laboratório da Furb para realizar uma pesquisa sobre a eficácia do CBM (Controlador Bioativo do Maurim), utilizado no controle da mosca nos municípios da região, assinou o contrato de um novo projeto em parceria com a Universidade, em reunião com prefeitos e representantes, na sede da Amvali, em Jaraguá do Sul.

 

 

O presidente da Amvali e do Cigamvali, prefeito de São João do Itaperiú, Clézio Fortunato, disse que serão trabalhados os municípios de Corupá e São João do Itaperiú, que têm relevos diferentes e grande incidência de maruim. “Existem várias espécies de maruim. Então serão feitos estudos também para descobrir quantas espécies existem na região e para isso serão colocadas 15 armadilhas em cada cidade”.

 

 

O trabalho também visa estudar o ciclo de vida da mosca, além de descobrir qual é o seu predador natural. O investimento no projeto é de R$ 482 mil, recursos do próprio Consórcio, com contrapartida das Prefeituras.

 

 

O projeto anunciado deve começar nos próximos dias, terá duração de um ano e será paralelo ao trabalho que já vem sendo desenvolvido sobre a eficácia do CBM, este contratado em março e em fase de conclusão. Neste mês de abril serão coletados os compostos orgânicos e amostras para começar os testes de laboratório.

 

 

Controlador Bioativo passa por teste

 

 

Faz pelo menos duas décadas que o maruim vem sendo estudado na região. Começou com pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, depois com pesquisadores contratados da região, chegando a uma fórmula para controle sustentável, que não causa problemas ao meio ambiente. O maruim se reproduz em ambientes alcalinos, encontrados facilmente em materiais orgânicos em decomposição, como por exemplo, caules de bananeira e palmáceas, esterco da produção de gado, porcos e aves, produção de hortaliças entre outros.

 

 

A mosca maruim, conhecida também como mosquito pólvora, chega até às casas e áreas urbanas, mas se reproduz no meio rural. Em 2019 foi inaugurado o Laboratório de Inovação desenvolvido por meio da parceria entre a Amvali e o consórcio Cigamvali, que criou a fórmula de um ativo biológico que prometia eliminar os focos de proliferação.

 

 

O projeto do Controlador Bioativo do Maruim iniciou oficialmente em janeiro de 2019. Vários cientistas contratados deram a sua contribuição. Agora está sendo dado mais um passo, com a comprovação da eficácia da formulação bioativa, já em desenvolvimento, e outra pesquisa de campo para conhecer as espécies de maruins que habitam a região litorânea (Itaperiú) e região mais elevada geograficamente (Corupá), no Vale do Itapocu.

 

 

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