Índice de Desenvolvimento das Cidades tem dados atualizados dos ODS
A ferramenta mede avanços e desafios a serem enfrentados pelos municípios brasileiros para erradicar a pobreza e proteger o planeta
08/11/2024
A terceira atualização do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), apresentada na sexta-feira (1º) em Brasília, revelou que 2.885 cidades, o que representa 51,3% do total, apresentou nível baixo na classificação.
Nenhuma cidade brasileira atingiu o nível muito alto, mas 91, ou seja, 1,6% já estão com alto nível de desenvolvimento sustentável. Os municípios com índices muito baixos representam 16,8% do total e são 934 localidades.
A ferramenta mede avanços e desafios a serem enfrentados pelos municípios brasileiros para erradicar a pobreza e proteger o planeta, a partir de 100 índices nacionais para o acompanhamento da evolução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“É um retrato do nível de desenvolvimento sustentável das cidades, que traduz um pouco da qualidade de vida nos territórios. E é este o grande objetivo dele [índice]: melhorar a qualidade de vida”, destaca o diretor-presidente do Instituto Cidades Sustentáveis, responsável por desenvolver a ferramenta, Jorge Abrahão.
Os índices podem ser consultados por meio de uma plataforma na internet, que permite a consulta por cidade, além de disponibilizar um ranking e um mapa interativo com recortes por ODS.
Segundo Abrahão, essa atualização traz avanços e retrocessos em relação aos últimos índices divulgados em 2023, quando 70% dos municípios foram classificados com índice baixo. “Dobrou o número de cidades que passou ao nível alto de desenvolvimento sustentável, reduziu-se o número de cidades que estavam nos níveis baixos e muito baixo. Então, tem um movimento que começa a existir das cidades, avançando nessa agenda”, destaca.
Jaraguá tem o terceiro melhor índice do Estado e o 248º em nível nacional
As cidades estão classificadas pela pontuação geral, que mede o progresso total para o cumprimento de todos os 17 ODS. A pontuação varia de zero a 100, sendo que 100 é o limite máximo e indica um desempenho ótimo no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) surgiram em 2015 como um grande pacto supranacional para o enfrentamento dos principais desafios globais. Assinado por autoridades dos 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil, o acordo logo se apresentou como uma ambiciosa agenda comum para nações de todos os continentes.
O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), é uma iniciativa do Instituto Cidades Sustentáveis, no âmbito do Programa Cidades Sustentáveis. Em Santa Catarina, a cidade mais bem posicionada é Luzerna, na 55ª posição entre 5.570 municípios, com índice de 61,05, depois vem Balneário Camboriú na 119ª (índice 59,56), Jaraguá do Sul na 248ª (índice 57,94), Pomerode na 396ª (56,63 de índice), Braço do Trombudo na 404ª posição e índice de 56,65, Florianópolis na 492ª (índice de 55,91) e Joaçaba na 500ª (índice de 55,86).
Essas cidades estão no nível médio, onde também estão Schroeder, com índice de 54,46 e na 729ª colocação no Brasil e, Corupá, com 52,01 e na 1.244ª posição. Massaranduba (índice 49,44) e Guaramirim (índice 48,33) são consideradas de nível baixo.
Água potável e saneamento é o melhor índice na avaliação
De acordo com a plataforma do Instituto Cidades Sustentáveis, Jaraguá do Sul alcançou nível muito alto em água potável e saneamento, e alto nos ODS saúde e dignidade, educação de qualidade, energias renováveis e acessíveis, trabalho digno e crescimento econômico, cidades e comunidades sustentáveis, produção e consumo sustentáveis e, paz, justiça e instituições eficazes.
Em cinco Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Jaraguá está no nível médio e, em quatro, muito baixo.
Os 17 Objetivos são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. São como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, a sociedade civil, o setor privado e todos cidadãos na jornada coletiva para um 2030 sustentável.
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