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IBGE revela perfil de moradores em domicílios coletivos e improvisados no Brasil
Sul e Sudeste lideram na quantidade de moradores de asilos, abrigando 82,3% das pessoas nessa condição
09/09/2024
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última sexta-feira (6), dados inéditos sobre a população residente em domicílios coletivos e improvisados no Brasil, como parte do Censo Demográfico 2022. A pesquisa aponta que 837 mil pessoas, o que representa 0,4% da população total do país, residem nesses tipos de habitação. O levantamento traça um perfil detalhado dos moradores, considerando aspectos como idade, sexo, taxa de alfabetização e distribuição geográfica.
Principais resultados da pesquisa:
1. Distribuição da população em domicílios coletivos
- Penitenciárias: O maior número de moradores em domicílios coletivos foi registrado em “penitenciárias, centros de detenção e similares”, com 479 mil pessoas, o que corresponde a 57,2% dos moradores desse tipo de habitação e 0,2% da população brasileira.
- Asilos e Instituições para idosos: Em segundo lugar, “asilos ou outras instituições de longa permanência para idosos” abrigavam 161 mil pessoas (19,2% dos moradores de domicílios coletivos e 0,1% da população).
- Outros tipos de domicílios coletivos, como hotéis, alojamentos, clínicas terapêuticas e abrigos para população vulnerável, somavam 197 mil moradores, distribuídos em várias regiões do país.
2. Características dos moradores de penitenciárias
- Predomínio masculino: 96% dos moradores de penitenciárias eram homens.
- Faixa etária: A maioria dos detentos tinha entre 20 e 39 anos, com destaque para aqueles entre 20 e 29 anos (40,7%).
- Taxa de analfabetismo: A taxa de analfabetismo nos presídios foi de 6,6%, ligeiramente menor do que a média nacional (7%).
3. Perfil dos moradores de asilos
- Maioria feminina: As mulheres representavam 59,8% dos moradores em instituições de longa permanência para idosos, refletindo a maior expectativa de vida feminina no Brasil.
- Alta taxa de analfabetismo: Nos asilos, a taxa de analfabetismo foi de 31%, bastante superior à média nacional para pessoas com 60 anos ou mais, que é de 17,2%.
4. Domicílios improvisados
- Em 2022, 160 mil pessoas viviam em domicílios particulares improvisados. Dentre esses, o maior número foi registrado em “tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido”, que abrigavam 57 mil pessoas (35,3% do total de moradores em domicílios improvisados).
Distribuição geográfica
- Sudeste: Concentra 52% dos moradores de penitenciárias, uma proporção maior do que sua participação na população total do Brasil (41,8%).
- Sul e Sudeste: Essas regiões também lideram na quantidade de moradores de asilos, abrigando 82,3% das pessoas nessa condição, enquanto o Norte possui apenas 1,3%.
- Centro-Oeste: Abrigou 32,1% dos moradores de alojamentos, principalmente no Mato Grosso, uma área marcada por atividades agropecuárias.
A pesquisa do Censo 2022 oferece um panorama inédito sobre a população que vive em domicílios coletivos e improvisados no Brasil. As informações detalhadas sobre sexo, idade, taxa de alfabetização e distribuição regional fornecem subsídios importantes para a formulação de políticas públicas voltadas para essas populações.
As informações completas estão disponíveis no site do IBGE e em plataformas como o Sidra e a Plataforma Geográfica Interativa (PGI).
Fonte: IBGE https://www.ibge.gov.br/
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