Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.
Futsal: Ex-Seleção Brasileira, Bateria anuncia aposentadoria
“Satisfação e orgulho”, o ala fez balanço da carreira e explicou decisão
10/02/2025
Fonte: GE
Bateria, conhecido jogador de futsal, com passagens vitoriosas por Inter Movistar, Barcelona e Seleção Brasileira, se despediu das quadras em 2025. O anúncio da aposentadoria do atleta de 34 anos foi nesta segunda-feira (10), porém, a decisão, que nunca é fácil, aconteceu muito antes deste momento.
“Na época do Valdepeñas eu voltei de um período longo de lesão, até eu me readaptar ao que se necessita para o alto nível, passei por momentos de sacrifício e comecei a pensar nessa decisão. Foram muitos desafios físicos na minha carreira, que aceleraram ou encurtaram a tomada de decisão dessa situação”, declarou.
“Agora no Zaragoza, cheguei jogando, estava bem, e num lance bobo no treino eu acabei machucando o joelho novamente. Não consegui estrear na Liga, da Espanha, até dezembro. Entre idas e vindas, recaídas, acabei dando um basta. Tive muito tempo para pensar na rota, nesse tempo que estava inativo”, explicou Bateria.
O sentimento
“Satisfação e orgulho, porque o que eu me propus a conquistar na minha carreira, eu consegui. Competi em alto nível, atuei em dois dos melhores clubes do mundo, representei meu país em uma Copa do Mundo, conheci países, aprendi novos idiomas. Um garoto que nasceu em Iporã e conseguiu chegar na Seleção Brasileira”, acrescentou.
“Se aposentar com 34 anos pode ser cedo, mas não sei até onde iria se continuasse. Estou feliz com a decisão, com o que foi criado ao longo da jornada. São 17 anos de profissional, mais de 20 anos desde que saí de casa para começar a construir essa história. Sensação de dever cumprido, de devolver o carinho das pessoas por mim”, completou Bateria.
Melhores momentos
É difícil eleger o melhor momento de uma carreira de mais de 20 anos, poderiam ser os principais títulos do futsal espanhol, que conquistou pelo Inter Movistar, ou a conquista do Grand Prix pelo Brasil, ou até jogar uma Copa do Mundo, como fez em 2016, pela Seleção Brasileira. Contudo, Dione Alex Veroneze, o Bateria, escolheu duas viradas de chave que teve em momentos distintos da trajetória.
“O divisor de águas foi quando saí de Joinville para o Inter Movistar, ponto crucial. Depois, quando eu saio do Barcelona por uma lesão e sou muito criticado, todos falaram que eu não iria mais conseguir jogar. Eu paro naquele momento para me recuperar fisicamente e volto a jogar em alto nível, volto para a Seleção Brasileira e Espanha. Esse ressurgimento as vezes vale mais que um título”, destacou.
O futuro
Estabelecido em Zaragoza, na Espanha, desde o ano passado, a ideia dele é permanecer na cidade ao menos até metade do ano. Até lá, Bateria deve definir os próximos passos longe das quadras. “Tenho muitos projetos na cabeça, para o futuro. Nesses últimos três anos surgiram oportunidades e já fui praticando nas áreas de gestão, comunicação e marketing. Muito provável que meu futuro vai estar dentro dessas três ferramentas, que me especializei com cursos. Quero esses seis meses para ver onde eu quero levar”, comentou.
As origens
Natural de Iporã do Oeste, perto da divisa com a Argentina, Bateria foi com um ano para a cidade de Palmitos, também no Oeste de Santa Catarina, onde começou a jogar futsal com seis anos. Contudo, o começo no futsal profissional foi bem longe de casa, no Joinville, no Norte do Estado. Bateria ficou no JEC por dois anos, de 2010 a 2011. Se destacou e rapidamente se transferiu para o Inter Movistar, um dos maiores clubes da Espanha. Ficou três temporadas na equipe e conquistou os principais títulos espanhóis: a Supercopa (2011), Copa da Espanha (2014) e a Liga da Espanha (2013/14).
Depois de conquistar tudo pelo Inter, Bateria se transferiu para o Barcelona, outro grande do futsal espanhol e também ficou por três temporadas na catalunha. Foi na última temporada por lá, em 2016/17, que Bateria iniciou os problemas de lesão no joelho. “Com a ajuda dos profissionais eu consegui manter o alto nível, mas é uma lesão que vai para a vida inteira. Estresse na cartilagem, que vai desgastando e fica osso com osso. Aí você tem que se adaptar a forma de jogar, da preparação, tive que fazer muitas coisas para me manter no alto nível. Chegou num ponto que o joelho pediu um descanso”, explicou.
O retorno
Em 2018, o ala Bateria voltou ao Brasil para defender o Marreco, de Francisco Beltrão, na Liga Nacional de Futsal (LNF). No ano seguinte, o ala retornou para a Europa, onde está até hoje. Ficou duas temporadas no Cartagena, da Espanha. Um ano no Kingersheim, da França. Mais dois anos na Espanha, pelo Valdepeñas. Depois, Consilina, da Itália, e RFS Futsal, da Letônia, ambos na temporada 2023/24. Por fim, voltou para a Espanha, para o Wanapix AD Sala 10, de Zaragoza, onde não conseguiu jogar e encerrou a carreira após rescindir contrato com o clube espanhol em dezembro de 2024.
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