Educação especial: FCEE esclarece sobre matrículas e filas de espera
FCEE participou na terça-feira (29), de uma reunião da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina
31/10/2024
A presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Jeane Probst Leite, participou na terça-feira (29), de uma reunião da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Durante o encontro, ela apresentou as ações em andamento pela fundação e respondeu aos questionamentos do deputado Vicente Caropreso sobre matrículas, filas de espera em instituições conveniadas, como as Apaes e AMAs, e o futuro do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista.
Segundo Jeane, o aumento na procura por vagas em instituições e o crescimento nos diagnósticos de autismo configuram um “problema de saúde pública” e o estado teria chegado ao limite de investimento. Entre 2019 e 2024, o valor destinado a essas instituições aumentou de R$ 36,5 milhões para R$ 325 milhões. Ao todo, são 243 entidades parceiras.
Ela informou que um planejamento está em curso, com análise da capacidade técnica de atendimento das instituições. Conforme os dados apresentados, há atualmente 31 mil alunos matriculados, sendo que a capacidade de atendimento é de 36 mil. “São pontuais os casos de filas de espera maiores, mas, na grande maioria, conseguimos atender”, destacou.
Outro ponto abordado foi a dificuldade para contratar profissionais qualificados, como fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Como alternativa, foram sugeridas parcerias com universidades e a atração de profissionais de outros estados, interessados na qualidade de vida e nas oportunidades de emprego em Santa Catarina.
Participação dos Municípios
Tanto Jeane quanto Dr. Vicente defenderam um maior envolvimento dos municípios para atender à crescente demanda por vagas e tratamento. No próximo ano, a FCEE, em parceria com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), realizará uma ação para tratar do tema com gestores municipais. Atualmente, 80% do custeio de uma instituição é financiado pelo estado, destacou a presidente da fundação.
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