Paradoxum mostra harmonia entre dois artistas plásticos

Panaderos, rodas, olhares, gotas de água ou reflexos de uma figura estática. Tudo é possível nesse Paradoxum de dois artistas que enxergam o mundo cada um de seu jeito singular. Assim se define a exposição “Paradoxum”, resultado de um conjunto de obras criadas em colaboração entre Sérgio Canfield, artista plástico e médico de Jaraguá do Sul, e a uruguaia Gianella Cecilia Spagnuolo Riephoff, artista plástica e publicitária residente em Palhoça.

 

Uma verdadeira celebração das diferenças que se fundem em harmonia artística, a mostra será aberta no espaço Bendito Casarão, no bairro Vila Baependi. As obras estarão disponíveis ao público somente neste sábado, dia 29, com acesso livre e gratuito, das 9h30 às 17h30.

 

 

Conforme explicam os artistas, “Paradoxum” explora a dualidade, onde duas energias distintas se encontram e se complementam. Nomeada por Canfield e sem seguir uma curadoria formal, as obras em exposição são todas inéditas e refletem a mais pura e sincera expressão artística. A essência do projeto surgiu naturalmente entre a dupla, sem grandes pretensões: duas pessoas ocupando o mesmo espaço ao mesmo tempo, compartilhando um processo criativo.

 

A troca começou em junho de 2023, com Gianella em seu estúdio em Palhoça, e Canfield em Jaraguá do Sul, cada um iniciando uma tela para o outro finalizar, mantendo um padrão aproximado de medidas. Durante um ano, os dois artistas compartilharam e intervieram na composição de cada obra, cada um imprimindo sua visão singular sobre a criação.

 

A ideia, que no princípio nasceu por uma brincadeira, evoluiu para um exercício profundo de troca e aceitação. A partilha desafiou os artistas a deixarem de lado seus egos, permitindo que suas obras fossem modificadas pelo outro. Gianella confessa que, inicialmente, teve medo de enviar sua primeira tela para Canfield, mas essa experiência a libertou, permitindo que se jogasse de cabeça na arte dele.

 

Canfield destaca que o maior triunfo neste processo de criação a quatro mãos foi uma tela gigante, com dimensões de quase 10 metros quadrados. “Uma obra de grande dimensão, pintada no chão… e cujo resultado ficou fantástico. Foi o momento em que, de fato, o PARADOXUM se concretizou”, afirma.

 

Segundo ele, o que o público encontrará na exposição é uma poesia visual onde a arte e a sensibilidade superam o contraditório.

 

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