Saúde

ALIMENTOS: Estressado? Veja lista com 16 alimentos antiestresse

Existe uma forma saudável para controlar o estresse e a correria com dia a a dia: com alimentos antiestresse.

25/10/2023

Há substâncias presentes em alimentos que promovem a modulação de hormônios como o cortisol, serotonina e dopamina, reduzindo os níveis de estresse, ansiedade, depressão e do excesso de fome. São alimentos ricos em polifenóis, vitaminas e minerais, tais como zinco, selênio, vitamina C, magnésio, ácido fólico e outras vitaminas do complexo B, triptofano, carboidratos, fibras e gorduras boas. Eles são ainda fundamentais para reduzir o estresse oxidativo e inflamação do corpo, que são exacerbados pelo estresse.

Além disso, é importante destacar também que esses alimentos também ajudam a manter a microbiota saudável, já que a qualidade das bactérias que nos habita está relacionada com nosso humor – acrescenta a nutricionista Laís Gouveia.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica. Uma das formas de contornar esse quadro é mudando hábitos da rotina, como alimentação e atividades físicas.

 

E alimentos ricos em vitaminas, minerais e aminoácidos podem ajudar na produção de hormônios ligados ao bem-estar. É o caso do abacate, castanha-do-pará e chás calmantes, afirma Priscilla Primi, nutricionista e mestre pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). (Veja lista completa abaixo)

Estresse em excesso faz mal

 

Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), lembrou que sentir estresse é uma resposta do organismo ao que vivemos.

“O estresse é uma resposta natural do organismo a uma situação de risco. Em muitos casos, ela é bem-vinda e necessária. O problema é quando ocorre em excesso”, explicou.

 

A profissional acrescentou ainda que um dos fatores que podem levar o corpo a um estado de estresse contínuo é a questão alimentar.

Alimentação ajuda a melhorar o quadro

 

Para não chegar nesse quadro, a alimentação é uma ótima aliada.

Evite alimentos processados, ultraprocessados, ricos em açúcar e carboidratos, que podem aumentar a inflamação do corpo de maneira geral e contribuir para o aumento do estresse.

 

Essa inflamação contínua prejudica a produção de hormônios do bem-estar, pontuou Priscilla.

 

Já uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos e gorduras boas, tem o efeito positivo.

 

Alimentos que ajudam a controlar o estresse

  • Banana, leite, feijão, ervilha proteínas de origem animal: são alimentos ricos em triptofano, aminoácido responsável pela produção de serotonina, o hormônio da felicidade;
  • Abacate, linhaça e peixes de água gelada: ricos em ômega 3, esses alimentos têm uma gordura boa que é importante neuroprotetor e ajuda na produção de neurotransmissores que contribuem para a saúde mental;
  • Semente de abóbora; além de ser uma ótima fonte de triptofano, a semente é rica em zinco, mineral que está associado a uma boa qualidade do sono. O sono está envolvido em diversos processos do sistema nervoso que contribuem para a sensação de felicidade;
  • Chocolate amargo (70%), frutas vermelhas e vegetais verde escuro; esses alimentos são ricos em flavonoides antioxidantes, substância que combate radicais livre e melhora a performance cognitiva e a modulação do humor;
  • Frutas cítricas; acerola, laranja, morango, caju e kiwi são algumas das frutas ricas em vitamina C, um poderoso antioxidante que diminui os níveis de cortisol, hormônio do estresse;
  • Chás calmantes; chás de camomila e melissa, por exemplo, tem alta concentração de flavonoides, antioxidantes que controlam os sintomas de ansiedade. Além disso, o alimento ajuda a relaxar e ter uma ótima noite de sono;
  • Ovo e amendoim; o ovo e o amendoim também são ricos em triptofano, alimentos que têm vitamina B. As vitaminas do complexo B, como a B6, B12 e ácido fólico, são importantes para regular o sistema nervoso central.

 

Hábitos alimentares

 

Para a endocrinologista Deborah Beranger, além de inserir os alimentos acima na dieta alimentar, é preciso deixar para trás outros hábitos que podem aumentar o estresse.

 

Veja algumas dicas da médica:

  • Faça refeições sempre sentado à mesa;
  • Opte por ambientes calmos na hora de comer;
  • Dê atenção à mastigação. Mastigue devagar e com calma;
  • Desligue as telas (celular, computador e TV), a hora da refeição é sagrada!

Outro ponto para se atentar é a saúde intestinal.

 

A maioria dos hormônios associados ao bem-estar e redução do estresse são produzidos no intestino.

 

Assim, estar com a saúde intestinal em dia é um ponto fundamental para reduzir o estresse.

Prefira alimentos naturais do que alimentos ultraprocessados. Eles ajudam a combater o estresse! Foto: Reprodução/Freepik.

Prefira alimentos naturais do que alimentos ultraprocessados. Eles ajudam a combater o estresse! Foto: Reprodução/Freepik.

 

QUE ALIMENTOS EVITAR EM MOMENTOS DE ESTRESSE?

1. AÇÚCAR

Para quem quer viver sem estresse, o açúcar é o primeiro ingrediente a cortar da alimentação! Sob estresse, o corpo libera mais cortisol, um hormônio que é responsável por gerenciar tanto o estresse quanto o nível de açúcar no sangue.

 

Funciona da seguinte maneira: quando comemos alimentos que contêm açúcar, o nível de açúcar no sangue vai lá em cima, e o corpo precisa liberar cortisol para contrabalançar o efeito do açúcar. E aí vem a bomba: o excesso de cortisol pode causar problemas no sono, dores de cabeça, desejo por consumir alimentos nada saudáveis e reduzir a resposta imune. Além disso, quando há muita oscilação na glicemia, sintomas semelhantes aos do estresse podem surgir, como ansiedade e medo.

 

“Ok, vou parar de comer doces”. Atenção! Além dos refrigerantes e de alimentos como o iogurte saborizado, há uma série de alimentos com açúcar escondido na fórmula. Assim, só tem um jeito: buscar uma alimentação baseada predominantemente em ingredientes naturais e integrais. Diminuir o consumo de produtos industrializados ajuda a estabilizar o nível de açúcar no sangue. E quais são os benefícios? Menos oscilação no humor e estresse, e um corpo muito mais feliz!

2. ADOÇANTES ARTIFICIAIS

 

“Poxa, mas nem adoçante?” – Nem adoçante. O açúcar, em si, já é problemático o bastante. Mas, muito além do cafezinho, adoçantes podem estar presentes em alimentos industrializados, também! O problema é que adoçantes artificiais podem prejudicar a saúde e causar de males simples, como dores de cabeça, a complicações bem menos corriqueiras como doenças metabólicas e cardiovasculares. Tem mais: sabia que os adoçantes artificiais “retreinam” as papilas gustativas e aumentam o vício em alimentos doces (que, em grande parte, não são nada saudáveis)?

 

Tem mais: adoçantes podem causar efeitos colaterais que causam estresse. O aspartame, por exemplo, está presente em mais de 6000 alimentos e bebidas, e em mais de 500 medicamentos, e pode causar enxaqueca, oscilação de humor e até episódios maníacos. Como qualquer tipo de açúcar, adoçantes artificiais não ajudam em nada a manter uma boa glicemia. Então, hora de deixar de lado o a açúcar e os adoçantes artificiais e testar adoçantes naturais!

3. CARBOIDRATOS PROCESSADOS

 

Carboidratos refinados e processados podem ter gosto bom para a língua, mas não ajudam em nada o corpo. Para início de conversa, não têm valor nutricional e, assim, são calorias inúteis. Causam flutuação no nível de açúcar do sangue, o que leva a oscilações no humor, favorecendo a irritabilidade.

 

Muitos carboidratos processados, em especial os alimentos industrializados, contêm alto teor de sódio. Isso não só nos faz ter muita sede, mas faz o corpo reter mais fluidos, o que exige que o coração trabalhe mais intensamente para bombear o sangue. Os efeitos? Possível hipertensão, sensação de corpo “inchado” e mal-estar e, com isso… mais estresse!

4. FRITURAS E FAST-FOOD

 

Sabia que frituras podem aumentar o nível de estresse? O corpo precisa trabalhar mais intensamente para digerir alimentos gordurosos como pizzas, refeições congeladas de supermercado, batatas-fritas, doces e até barras de cereal!

Fora isso, as frituras normalmente são preparadas em óleo quente em altíssima temperatura, então é provável que contenham um elevado teor de gorduras trans.

      • Ácidos graxos trans comprovadamente elevam a quantidade de LDL (colesterol ruim) relativamente ao HDL (bom colesterol) no sangue.(1)
      • A gordura trans favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares(2), diabetes, obesidade e câncer.
      • Alimentos com alto teor de gordura trans podem resultar em alterações inflamatórias(3) que elevam o nível de estresse no corpo.

5. BEBIDAS ALCOÓLICAS

 

Uma taça de vinho pode até ajudar a relaxar após um dia intenso, mas… pare na primeira taça. Senão, os benefícios do álcool para a saúde podem ir por água abaixo, possivelmente gerando ainda mais estresse. Bebidas alcoólicas podem elevar a produção dos hormônios que causam ansiedade, a pressão sanguínea e acabar desencadeando os mesmos sintomas que o estresse causa no corpo.

Muitas bebidas são ricas em açúcar, também, e daí a “raquetada” do estresse vem em dose dupla.

 

“Ah, mas ao menos vou chapar e dormir bem”: engano seu! O álcool afeta negativamente o padrão do sono, ou seja: você pode até adormecer rápido, mas isso não significa que a noite de sono terá a qualidade necessária para acordar com disposição. Acordar e já sentir cansaço e mau humor causa o quê? Mais estresse. Entende o ciclo vicioso?

6. CAFEÍNA EM EXCESSO

Ok que um café às vezes vai bem, mas você é do tipo de pessoa para quem o dia simplesmente não tem a menor chance de começar sem café? Na verdade, ninguém precisa cortar totalmente as bebidas que contêm cafeína. Entretanto, quem vai tomando cafés ao longo do dia inteiro pode acabar sentindo mais estresse que o necessário.

 

 

Fonte: sonoticiaboa

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Por

Estudante da 5ª fase de Design, curiosa por natureza e apaixonada pelo que faz.

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