ESG traz oportunidades e desafios às empresas, diz especialista

ESG traz oportunidades e desafios às empresas, diz especialista – A importância crescente dos critérios de ESG (Environmental, Social, and Governance) impõe desafios para as empresas. Elas buscam se posicionar no mercado global ou mesmo sustentar seus negócios no ambiente regional. A fim de se manterem competitivas, as empresas precisam se adaptar a esses critérios.

Kurt Morriesen, especialista em investimentos sociais, falou sobre o tema no Encontro Empresarial da Acijs, em Jaraguá do Sul, na segunda-feira (10). Ele atua há mais de 25 anos junto a organismos internacionais que estudam o avanço das práticas ESG, como o BID e o Banco Mundial. Além disso, é conselheiro consultivo no Fórum Econômico Mundial e no G20.

Caroline Stinghen/Acijs

Ele afirmou que ESG não é mais uma tendência passageira. Pelo contrário, tornou-se um fator essencial de competitividade. As empresas enfrentam crescentes demandas regulatórias. A partir de 2026, essas demandas devem impactar a economia mundial.

Na opinião de Morriesen, Santa Catarina pode ser favorecida nesse ambiente de disputa por mercados exigentes. A saber, os mercados que requerem práticas de ESG. No entanto, as organizações precisam estar atentas. Atualmente, existem mais de 2.400 regulações de ESG e mais de 250 certificações sobre o assunto ao redor do mundo. Muitas dessas regulações impactam diretamente economias e investimentos.

O especialista destacou que algumas dessas regulações afetam diretamente empresas catarinenses. Exemplos disso são as regulações da Comunidade Econômica Europeia. Segundo a FIESC, mais de 700 empresas do estado devem ser impactadas já no próximo ano.

“Santa Catarina é referência em ESG. Contudo, precisa evidenciar esse potencial. É o único estado capaz de competir mano a mano com São Paulo em três elementos cruciais de ESG: os Indicadores de Desenvolvimento Humano, a competitividade industrial privada e o cuidado com o meio ambiente”, afirmou Morriesen. No entanto, ele ressalta que o setor empresarial precisa potencializar esses ativos, como a sustentabilidade ambiental e ações sociais, como o voluntariado.

Morriesen concluiu dizendo que ESG trata de gestão de riscos e aumento da competitividade. Além disso, é um mercado meritocrático e em constante evolução. O mercado privilegia a sustentabilidade do negócio. Dessa forma, as práticas antigas não funcionam mais para o conceito de ESG atualmente.

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