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Coluna: Dona Wilma se vacinou

Por Sônia Pillon

A expectativa era grande desde que os imunizantes contra o coronavírus começaram a circular no Brasil, ainda mais quando chegaram em Jaraguá do Sul. Como muitas senhorinhas que não abrem mão de estarem bem informadas sobre tudo, Dona Wilma não via a hora de receber a vacina.

Pela idade e comorbidades, ela se mantinha atenta, aguardando a vez de ir à Central de Vacinação. Tinha consciência de que, mesmo cuidadosa e respeitando as normas de prevenção durante a pandemia, precisava se vacinar para se sentir mais segura.

Finalmente saiu o anúncio de que as doses estavam liberadas para pessoas entre 85 e 89 anos! Dona Wilma ficou eufórica. Sabia que tinha de se vacinar o mais rápido possível, antes que o estoque acabasse. E foi o que fez.

Amparada pela família, ela se dirigiu à unidade vacinal. O calor estava insuportável, mas e daí? A passos lentos ao conduzir o andador, Dona Wilma caminhou decidida até a recepção, se identificou e aguardou. Foram pouco menos de cinco minutos, mas pareceram uma eternidade…

A enfermeira chegou sorridente com o imunizante na mão e dona Wilma levanta a manga do braço esquerdo. Que rápido! Dona Wilma recebeu a primeira dose, que alegria!

Ao ser devidamente imunizada, o sentimento de Dona Wilma foi de profunda de gratidão. Se sentiu uma privilegiada, e com razão, porque até agora, apenas 3,62% da população brasileira conseguiu se vacinar. Ela sabe que em diversos estados da Federação, longas filas estão se formando para receber o imunizante, com cenas de cortar o coração.

Ao olhar a anotação na carteirinha de vacinação, a senhorinha de cabelos cor de prata se emocionou. A segunda dose está marcada para maio. E Dona Wilma já está contando os dias!

Como ela, centenas de Marias, Gertrudes, Odetes, Josés, Joões e Wilfreds também receberam gotas de esperança em Jaraguá do Sul.

Na luta pela preservação da vida, dados oficiais apontam que até o último sábado, em torno de 4.680 pessoas, entre profissionais da linha de frente da covid-19 e pessoas da terceira idade, já haviam recebido a primeira dosagem vacinal. E que os grupos prioritários imunizados com a segunda dose somavam 1.188 indivíduos.

Agora, estamos numa corrida contra o tempo. O grande desafio será equilibrar a demanda reprimida dos que aguardam a vacina com o que é produzido no mundo. A sociedade brasileira precisa expressar a vontade de dizer “sim” para os imunizantes disponíveis. Saúde é primordial.

Sônia Pillon

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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