Dois meses após deslizamento, BR-376 segue com bloqueios
Motoristas enfrentam filas quilométricas na divisa entre Paraná e Santa Catarina
27/01/2023
Dois meses após o deslizamento que deixou duas pessoas mortas e interrompeu o trânsito por quase dez dias na BR-376, perto da divisa entre Paraná e Santa Catarina, os motoristas seguem enfrentando longas filas para transitar entre os dois Estados.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), no trecho do deslizamento, no km 668, uma faixa está liberada em cada sentido, enquanto uma terceira é reversível, usada para o sentido de maior movimento conforme avaliação da Arteris Litoral Sul, concessionária que administra a rodovia.
Antes do deslizamento, havia três faixas liberadas em cada sentido no mesmo trecho. Diante da restrição, longas filas de formam no local: na manhã de quinta-feira (26), por exemplo, houve congestionamento de 20 quilômetros no sentido Norte e de nove quilômetros no sentido Sul.
Liberação de mais duas faixas está prevista para janeiro
No fim de dezembro, quando o deslizamento completava um mês, a Arteris Litoral Sul informou que pretendia aumentar gradativamente a capacidade de tráfego no km 668 nas semanas seguintes.
No plano de ação, a previsão era liberar outras duas faixas na pista Norte em 30 dias, ou seja, até o fim de janeiro. Contudo, até esta sexta-feira (27), seguem apenas três faixas disponíveis no local.
A reportagem do portal ND+ entrou em contato com a concessionária para saber qual é a previsão de liberação de mais faixas. Contudo, até o fechamento desta matéria, não houve retorno.
O deslizamento
O deslizamento no km 668 da BR-376 ocorreu no dia 28 de novembro, após dias de forte e volumosa chuva na região. Um primeiro deslizamento já havia sido registrado durante a tarde, até que à noite, por volta das 19h, uma queda de encosta arrastou os veículos que estavam na rodovia.
Dois caminhoneiros que tiveram seus caminhões arrastados morreram: João Maria Pires e Marcio Rogério de Souza. Outras pessoas conseguiram sair do local sozinhas ou foram resgatadas e encaminhadas a unidades de saúde sem ferimentos graves.
A Dedetran (Delegacia de Delitos de Trânsito) do Paraná abriu inquérito para apurar as responsabilidades a respeito do deslizamento na BR-376.
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